Artistas transcendem fronteiras com música flamenca, latina e pantaneira
A 26ª edição do Sonora Brasil, projeto de circulação musical promovido pelo Sesc, traz no biênio 2024-2025 o encontro de artistas de diferentes gerações e regiões. Entre os 10 grupos que farão parte desta jornada, destacam-se os sul-mato-grossenses Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro.
Espíndola, renomado cantor e compositor, conhecido por sua presença nos Festivais da Canção, une-se ao multi-instrumentista Marcelo Loureiro, cuja arte é uma junção de formações clássicas, flamenco e influências do folclore latino. Juntos, eles desenvolveram um espetáculo inédito que levará ao público a música do cerrado, intercalando guarânias e chamamés com alma pantaneira.
O lançamento oficial do Sonora Brasil será hoje em Garanhuns, Pernambuco, o projeto percorrerá o país em 34 festivais, com mais de 200 shows em 59 cidades.
“A nova edição do Sonora Brasil busca destacar o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio do encontro entre artistas de diferentes gerações e regiões. A ideia é que esses encontros mostrem a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas de diferentes movimentos da música popular brasileira.
O Sesc se orgulha de potencializar as produções artísticas de forma nacional por meio desses circuitos itinerantes, dando visibilidade aos artistas e livre acesso ao público”, afirma a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
Sobre os artistas
Marcelo Loureiro
Instrumentista de estilo marcante, Marcelo Loureiro também mescla diferentes ritmos musicais e busca novos caminhos dentro de sua arte, em que predominam influências folclóricas latinas. O músico estudou técnicas de violão clássico, popular, erudito e flamenco, mas adaptou uma maneira própria de tocar. Autodidata, durante sua trajetória se dedicou a estudar outros instrumentos. Adaptou a técnica utilizada no violão para a viola caipira e a harpa paraguaia, que atualmente fazem parte do seu show. É inegável a presença da inspiração fronteiriça em suas obras. Carioca de nascimento, morou também em Guia Lopes da Laguna antes de iniciar estudos mais aprofundados de violão na capital sul-mato-grossense.
Geraldo Espíndola
Compositor, músico e cantor brasileiro, nascido em Mato Grosso do Sul nos anos 50, com os pés no Cerrado e alma pantaneira. Filho de Francisco e Alba, irmão de Alzira, Tetê, Humberto, Valquíria, Sérgio, Celito e Jerry, parceiros de produções artísticas ao longo da caminhada. Companheiro de vida de Dalila, também sua produtora cultural, presente na primeira fila de cada show. Pai e avô apaixonado: Índia, Ravi, Iana, Geraldinho, Manu e Júlio. Sua sensibilidade, quando não está praticando música, tem endereço certo. Ganhou notoriedade nos festivais de música graças às inspiradas canções com as quais saiu vencedor de alguns deles, como “Sorriso” (também a sua primeira gravação em disco), “Fonte da Ilusão” e “Ponha na Sua Cabeça”. Ao longo da carreira, gravou seis álbuns (dois LPs e quatro CDs), e esteve presente em quatro álbuns coletivos até aqui. Teve canções gravadas por músicos de todo o Brasil, o que traz muita alegria ao seu coração, porque isso multiplica sua sonoridade e poesia para tantos. Suas músicas viraram livros, participaram de filmes e foram trilha sonora de muitos encontros e desencontros amorosos tupiniquins.
Por Marcelo Rezende
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