1ª central de suinocultura a seguir regras do bem estar animal será inaugurada à 40 km de Campo Grande

Além de melhoramento
genético, unidade
permitirá melhores
resultados de produção (Fotos: Divulgação)
Além de melhoramento genético, unidade permitirá melhores resultados de produção (Fotos: Divulgação)

O valor investido atinge marca de R$ 50 milhões

A suinocultura em Mato Grosso do Sul ganha mais um aliado para alavancar a produção e genética suína no estado, com a parceria da empresa Agroceres PIC. O empreendimento estar em fase de construção a 30 km de Campo Grande, na rodovia MS- 040. O projeto tem como diferencial a a criação da primeira central do país a atender as novas normativas de bem estar animal. A previsão é que as obras sejam concluídas em novembro.

“Na central os suínos não ficarão em gaiolas, mas sim em baias de seis metros quadrado. Isso é muito importante pois todos nossos clientes têm compromisso de sustentabilidade animal”, pontuou Furtado sobre a preocupação nas etapas de criação .

Com investimento de 50 milhões, a estrutura terá capacidade de atender 120 mil matrizes suínas/ano. De acordo com o diretor da Agroceres PIC, Alexandre Furtado com a expansão da suinocultura sul-mato-grossense em novos projetos e iniciativas do Governo, a empresa achou que era o momento de construir uma central de inseminação artificial para fornecer sêmen ao invés de reprodutores dentro de MS, para atender o Estado e o vizinho Mato Grosso.

“O projeto começou grande com 850 reprodutores, podendo até crescer no futuro, dependendo da adesão. Achamos uma área na 040 a 30 km de Campo Grande para instalar a central. A obra está em construção deve ser inaugurada na última semana de novembro. Aí entramos com os reprodutores em dezembro e a partir de fevereiro começamos a produção de sêmen com a capacidade acima de um milhão de doses por ano”, salientou.

A meta, segundo Furtado, é fazer o atendimento de novos projetos. “É uma solução para o produtor que fica apenas na produção de animais. Não precisa ter laboratório, ter machos para coletar. Hoje uma central com menos de 250 a 300 machos ela fica um pouco inviável para o suinocultor, então a central supre esta necessidade”, complementa.

A Agroceres também lembrou a parceria com as cooperativas afiliadas no MS. “Temos a Cooasgo, a Coperdia e a Alfa, todas têm alvos de crescimento para atender esse abate a mais que vai ter em São Gabriel do Oeste. E as três são parceiras nossas. A maior é a Cooasgo, onde temos uma multiplicadora. Essa multiplicadora funciona como uma filial em MS”, afirmou. Outro projeto de expansão que está no radar da empresa é uma nova granja em Rio Negro que terá a produção de duas mil fêmeas.

Ambientação de negócios

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck destacou que essa será a primeira unidade produtora de sêmen suíno no Centro-Oeste e uma das maiores do país.

“Este empreendimento completa todo o encadeamento produtivo da suinocultura em Mato Grosso do Sul. Um conceito que o Governo do Estado vem trabalhando para realizar nos últimos anos. Com este projeto, o MS que já é referência nacional na produção de proteína animal, eleva seu padrão no mapa da genética suína”, ressalta Verruck.

Ele ressalta a importância da participação do Governo do Estado eventos como a SIAVS para captar empreendimentos, focado numa visão de melhoria da ambientação dos negócios.”Vale lembrar que este empreendimento foi captado durante a participação num SIAVS e hoje se torna realidade. Essa participação mostra que além dos produtos e potencialidades, levamos segurança jurídica para quem deseja empreender aqui. O Governo de MS representa esta segurança do empresário, essa relação direta que ele consegue no Governo”, finalizou.

No primeiro trimestre de 2024, foram 652.664 cabeças de suínos abatidos no Estado, segundo dados do IBGE, e alcança o 7º lugar no ranking de abates. No primeiro semestre do ano, as exportações de Mato Grosso do Sul somaram US$ 21.038,592,00, correspondendo a 11,8 mil toneladas, o que representa 1,64% do total de exportações brasileiras no período, o que coloca o Estado como 6º no ranking de comércio exterior.

Por Suzi Jarde

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