“Vou trabalhar para buscar esse eleitor do André”, afirma Rose Modesto

Rose Modesto confia em aliança dom PDT e diz que sua pré-candidatura terá força popular. Foto: Marcos Maluf
Rose Modesto confia em aliança dom PDT e diz que sua pré-candidatura terá força popular. Foto: Marcos Maluf

Pré-candidata a prefeita de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), esteve na quinta-feira (27), no jornal O Estado, onde falou sobre a saída da disputa do ex-governador André Puccinelli (MDB), que aparecia em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de votos. Rose acredita que deverá ser uma das beneficiadas com sua saída.

“Eu não esperava a saída do ex-governador André dessa disputa. Quando ele sai, a gente media isso, cenário sem o André. Em mais de 50% do eleitor dele, eu era já o segundo voto. Quando o André sai da disputa, a tendência de boa parte do eleitor dele é começar a olhar para mim como uma opção. Eu sou muito grata, primeiro pela confiança, e vou trabalhar para buscar esse eleitor do André”, afirma.

Quanto as alianças, Rose afirma que seu partido está dialogando com diversas siglas, sendo que a conversa mais avançada é com o PDT. “Temos uma conversa que nós estamos estreitando com o PDT. Boa parte dos pré-candidatos a vereador do PDT defendem uma união deste partido com a minha pré-candidatura e, daqui a pouco, a candidatura. Tem possibilidade de vir mais partidos? Também tem. Então, eu acho que até o final das convenções, que vai até o dia 5 de agosto, tem muita coisa para acontecer, em relação a essa coligação que a gente vai fazer. Agora, mais do que essa força de partidos, eu penso que a nossa pré-candidatura tem que vir mesmo com uma força popular.”

A pré-candidata falou, também, sobre sua pré-campanha e suas principais propostas para resolver demandas recorrentes da população da Capital. No momento, ela se reúne com setores produtivos e com a população, através do projeto, denominado, “Diálogos com União”, que servirá de base para seu Plano de Governo que já vem sendo construído.

Dentre as ações que ela pretende colocar em prática, caso seja eleita, está resolver o problema do contrato assinado para prestação de serviços no transporte coletivo, situação que ela considera insustentável. “A gente não pode deixar de falar aqui de um problema terrível, e eu não tenho medo e vou interromper esse contrato, porque hoje a Justiça já dá respaldo à prefeitura. O transporte público de Campo Grande hoje é mal avaliado por mais de 90% da população. São mais de 180 mil pessoas usando transporte público por dia, em mais de 185 linhas, e as pessoas pagam a décima primeira passagem mais cara entre as capitais de um serviço que é muito ruim”, pondera.

Outras áreas indicadas por ela como prioritárias são: a educação e a saúde pública. Na educação, Rose, defende que é preciso aumentar o número de vagas nas creches para atender a demanda crescente na Capital. “Tem um problema grave que a cidade vive que é a falta de vagas em Emeis, que são nas escolas municipais de educação infantil. Hoje são seis inacabadas, tem mais de 9 mil crianças esperando por uma vaga. Esse é um problema urgente. Então, como a gente diminui essa dificuldade? Primeiro, é concluindo as obras. Segundo, é a gente encontrando outras alternativas, inclusive para colocar essas crianças que estão esperando”, disse.

Na saúde, Rose destaca que mais de 54 mil pessoas esperam na fila por um exame ou consulta, 17 mil esperam por uma cirurgia. Para começar a resolver esse problema, ela propõe utilizar o modelo da Caravana da Saúde, projeto que ela participou quando foi vice-governadora. “Os mutirões dão resultado, deu resultado com a Caravana da Saúde. Eu coordenei, quando fui vice-governadora, a equipe que estava na coordenação, eu fazia parte. As pessoas não podem esperar mais”, defende. Além disso, defende fazer parcerias público-privadas para melhorar o atendimento na saúde pública.

Na infraestrutura pretende investir mais em recapeamento e menos em tapa-buracos. “As pessoas não suportam mais andar nas ruas que estão pavimentadas com asfalto tão ruim. O modelo de tapa-buraco precisa ser repensado, faz 30 anos que estão fazendo isso. Ano passado, investiu-se R$ 120 milhões em manutenção das vias que já são asfaltadas, que são mais de 3 mil quilômetros. Esses mais de R$ 120 milhões foram embora, porque esse ano choveu, e no período de chuva os buracos abrem tudo novamente, porque o asfalto envelheceu muito. Então, nós vamos ter que fortalecer a questão do recapeamento, buscar parceria com o governo Federal, e aí você precisa dialogar”, explicou.

Por Daniela Lacerda 

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