Arroz de 5 kg chega à casa dos R$ 28 em Campo Grande

Supermercado
Foto: Valentin Manieri

[Por Suzi Jarde, Jornal O Estado de MS]

Em fevereiro e março o alimento havia ficado 5,46% mais barato, segundo levantamento do Dieese

Alerta de aumento para o bolso do campo-grandense. A pesquisa de preço com alimentos da cesta básica, realizada pelo jornal semanalmente, registrou o pacote de arroz (Tio Lautério) com 5 kg sendo comercializado por R$ 28,49, em outro estabelecimento o valor chega a ser cobrado por R$ 27,95, e o preço mais em conta foi de R$ 24,90 dentre os seis supermercados da Capital, visitados na sexta-feira (17).

Entidades reforçam que não há risco de desabastecimento do produto em Campo Grande, devido a catástrofe que atingiu às lavouras do Rio Grande do Sul, estado que mais produz arroz no Brasil. De acordo com o boletim de fevereiro e março do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgado no mês passado, o produto havia reduzido o preço em 5,46%, após ter registrado alta desde o final de 2023.

Nesta semana, o gasto médio na compra do pacote de 5 kg é de R$ 27,35, no mês de março o índice chegou a registrar R$ 24,49, ou seja, a conta teve um acréscimo de R$ 2,86. A variação de preço ficou em 14,42% se comparado os estabelecimentos. A AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados) esclarece que não há risco de desabastecimento de produtos vindos do Rio Grande do Sul, entre eles o arroz, portanto não há necessidade de o consumidor estocar produtos.

“Apesar de a logística ainda ser uma questão importante, não há falta de mercadoria. E, para não deixar faltar produtos até a reposição, os principais atacadistas não estão vendendo em grandes volumes para os comerciantes. Pontualmente, alguns estabelecimentos menores podem estar limitando a venda, como forma de precaução para que o produto não falte”, explica a entidade em nota divulgada a imprensa.

Dando continuidade à pesquisa do jornal, o pacote de feijão de 1 kg, apresentou 38,25% de variação de preço entres as seis unidades visitadas. Os valores variaram entre R$ 5,49 e R$ 7,59, em média o consumidor paga R$ 6,19 no alimento. Como destacamos nesta semana anterior, o preço do café tem deixado a lista de compras mais cara. O consumidor pode encontrar o produto custando entre R$ 16,49 no Fort e por 17,90 no Assaí.

O sal de 1 kg é vendido por R$ 4,08, em média nos supermercados, o valor mínimo encontrado pela reportagem foi de R$ 3,59 e o máximo repassado ao cliente é de R$ 5,29. Resultando em uma variação de 47,25%. A cartela de ovos médios com 12 unidades, é vendida em torno de R$ 8,55. Na pesquisa a variação de preço ficou em 22,68%, os valores oscilaram de R$ 7,89 podendo chegar a ser cobrado por até R$ 9,68.

O papel higiênico com 12 rolos é vendido em média por R$ 26,55. Os preços do produto variaram de R$ 22,90 e R$ 33,99 já a diferença calculada foi um aumento de até 48,43% de um estabelecimento para o outro. O detergente líquido de 500 ml (Ypê) obteve variação de 39,30%, os valores variam de R$ 2,29 à R$ 3,19. Para ter o produto no carrinho de compras, o cliente gasta, aproximadamente, R$
2,64.

A diferença de preço calculada para o sabonete, liderou o ranking dos produtos que mais tiveram variação (100,49%) no valor repassado para o consumidor. Em dois supermercados o item de higiene custa R$ 1,99,enquanto em outro ponto chega a custar R$ 3,99.

Legume e fruta

Na seção de hortifrúti dos estabelecimentos, os valores para a pesagem do tomate chamou a atenção, em um comércio custa R$ 8,45 o quilo, já em outro o quilo sobe para R$ 11,85 a diferença fica em 40,23%. Calculando uma média de preço nos seis supermercados, o alimento é vendido por R$ 10,02. A batata-inglesa é vendida entre R$ 9,49 no Assaí, e por R$ 11,29 no Pires. A diferença de preço calculada é de 18,97%, para garantir a batata no preparo das refeições, o consumidor precisa desembolsar em torno de R$ 10,00.

Outros produtos que compõem a lista da cesta básica, podem ser conferidos na tabela ao lado/abaixo com seus respectivos valores.

Pesquisa do Procon Municipal

O Procon Municipal foi aos estabelecimentos comerciais de Campo Grande onde realizou pesquisa de preço do arroz. Foram analisados 43 itens, em 11 estabelecimentos entre os dias 15 e 16 de maio, do arroz tipo 1, pacotes de 1Kg, 2Kg e 5Kg. E a maior variação encontrada foi de 83%.

Conforme o Procon Municipal, o maior valor encontrado foi de R$43,90, no Arroz Tio João e o menor preço de R$23,90, do Arroz Dona Ana, ambos de 5Kg. Lembrando que a variação ocorre por serem produtos de marcas, especificidades e características diferentes. Levando em conta a mesma marca do produto, a maior variação foi de 37%, no arroz Tio Jõao, de 1Kg. Sendo o maior preço de R$10,69 e o menor preço de R$7,79. No arroz de 5Kg, a maior variação encontrada, 22%, foi no Tio João. O maior valor de R$43,90 e o menor valor de 35,95. No site do órgão o consumidor pode ter acesso à planilha completa dos preços.

Para o subsecretário do Procon, José Ferreira da Costa Neto, a análise evidenciou que os consumidores da cidade podem encontrar o mesmo produto por preços significativamente distintos, gerando impactos diretos em seus orçamentos. “Essa é a importância da informação para os consumidores fazerem a tomada de decisões de compra.”

Em casos em que o cliente dos estabelecimentos se sentirem lesados as denúncias podem ser realizadas pelo 156 opção 2.

OEMS

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