[Texto: Thays Schneider, Jornal O Estado de MS]
Morte do soldado Vinicius Ibanez Riquelme, de 19 anos, que morreu após passar mal durante um exercício militar no dia 26 de abril. Advogados dos movimentos Juristas pela democracia de Mato Grosso do Sul e Associação de Advogados e Advogadas em defesa da democracia, Justiça e Cidadania se reuniram nesta quinta-feira (09), para protocolar uma representação à OAB MS, pedindo agilidade nas investigações.
Giselle Marques, coordenadora dos Juristas pela Democracia é umas das advogadas a frente do caso e se diz estarrecida com o caso. “Nós estamos atendendo o pedido das mães desses jovens que estão sob a tutela do Exército Brasileiro naquele município. Ninguém quer mandar o filho para servir a pátria e ele sair de lá torturado, traumatizado ou até no caixão. Por isso, vamos protocolar esse pedido para OAB acompanhar de perto a situação lá”, pontuou.
Lairson Palermo da Associação de Advogados e Advogadas em defesa da democracia, Justiça e Cidadania pede o afastamento do coronel Kenji Alexandre Makamura das funções naquela base militar. “Nós não queremos aqui invalidar a importância e relevância do Exército, mas entendemos que são os militares os mais valiosos no trabalho de defesa da Nação, então a vida deles é muito importante.
Queremos correções nessas condutas, pois não são fatos isolados, aconteceram em outros lugares”.
A reportagem do jornal O Estado teve acesso ao laudo médico e uma foto que mostra o rosto do jovem machucado com sinais claros de agressão.
Por outro lado, o exército informou que instaurou inquérito e abriu procedimento administrativo para apurar a morte do recruta Vinícius e do surto que levou 89 militares para atendimento médico.
A previsão é que o processo administrativo leve 30 dias para ser concluído, mas pode haver prorrogação. Já o inquérito tem duração de 40 dias e depois da conclusão será encaminhado para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).