Enquanto isso, notificações aumentam na mesma proporção em que terrenos sujos nos bairros
Em seis dias dois casos possíveis óbitos decorrentes da dengue foram registrados na Capital. A quantidade de casos prováveis cresceu de 2.686 para 2.816. Com isso, somente neste ano, já são 671 pessoas infectadas em Campo Grande.
Enquanto isso, a família busca respostas pela morte Marcelly Almeida, de 33 anos, que morreu no último dia 23 de janeiro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
Marcelly foi diagnosticada com dengue dois dias antes de morrer à espera de atendimento. A família agora tenta entender se a doença foi a causa da morte da mulher que deixou duas filhas e esposo.
Os casos de dengue não param de subir, e um dos maiores vilões são os terrenos sujos, só em janeiro a prefeitura de Campo Grande notificou 770 proprietários de terrenos abandonados.
Conforme a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), a multa neste caso varia entre R$ 3.091,50 e 12.366,00. Também reforçamos quanto à necessidade da conscientização desses proprietários dos terrenos quanto à necessidade do controle da vegetação nos lotes.
A prefeitura abriu um canal de denúncias contra proprietários de terrenos sujos que, acumulando criadouros do Aedes aegypti, ou qualquer outra relacionada à saúde pública, pode ligar na Ouvidoria da Sesau, através do telefone 3314-9955.
Superlotação
O número de internações também não param de aumentar. A Santa Casa recebe pacientes de todas as cidades de Mato Grosso do Sul. E neste momento enfrenta superlotação após as festas de Carnaval.
Há 10 dias a Santa Casa de Campo Grande enfrenta uma situação crítica de superlotação na área do trauma e ortopedia. Atualmente, há 51 pacientes que necessitam de cirurgia de urgência, conhecida como pré-ortopedia.
Há 10 dias a Santa Casa de Campo Grande enfrenta uma situação crítica de superlotação na área do trauma e ortopedia. Atualmente, há 51 pacientes que necessitam de cirurgia de urgência, conhecida como pré-ortopedia.
De acordo com a Santa Casa, a maioria dos pacientes são vítimas de acidentes, como quedas, atropelamentos, colisões, facadas, entre outros. A Santa Casa é referência nesse tipo de atendimento de alta complexidade, mas, devido ao volume de eventos, tem enfrentado dificuldade com recursos humanos, materiais e financeiros para dar conta de toda a demanda.
O que contribui na superlotação são os pacientes que vêm do interior pacientes com condições mais simples, que poderiam ser atendidos em outros serviços de saúde, mas que acabam sendo encaminhados para a Santa Casa, sobrecarregando ainda mais o sistema. Esses pacientes ficam em uma fila de espera, que têm chegado a mais de uma semana, prejudicando a sua recuperação e a qualidade de vida. Isso ocorre porque, diante do cenário crônico de superlotação, é necessário classificar o risco dos pacientes e definir a prioridade, o que invariavelmente posterga casos mais simples. Mesmo realizando cerca de 25 cirurgias ortopédicas por dia, o volume de pacientes está maior que a capacidade.
Por Thays Schneider.
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