Por amor e resistência, Cordão Valu realizará seu 18º Carnaval

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Foto: Reprodução

Inaugurado em 2006, o Cordão Valu é o mais tradicional e aguardado bloco carnavalesco da cidade. Desde o seu lançamento, 17 carnavais já foram vividos, totalizando, em algumas edições, mais de 50 mil foliões. Por seu amor e resistência ao carnaval e à cultura popular, sua história já foi eternizada em filme no ano de 2021. Apesar de quase duas décadas de Cordão, de lá para cá, seu propósito de fomentar a cultura de rua e de blocos só fortaleceu. Em 2024, a folia não será diferente. Programado para acontecer no domingo (10) e quarta-feira (13), o bloco vai do cortejo, a matinê e diversas outras atrações. Confira!

Despretensiosos, foi a partir de uma conversa entre amigos decididos a brincar e curtir uma folia nas ruas de Campo Grande, que surgiu a ideia do Cordão em dezembro de 2006. A princípio, encabeçado por Silvana Valu e Jeferson Contar, foi assim que o bloco realizou seu primeiro desfile.

“Sempre gostamos muito de carnaval, mas sentíamos falta das marchinhas, das fantasias, pois durante algum tempo o carnaval ficou muito ligado ao axé e aos abadás, e a gente queria algo mais lúdico”, explicou a fundadora Silvana Valu.

O bloco na rua 

O propósito era promover um carnaval no qual os participantes pudessem ser mais ativos, explorar suas criatividades e viver suas fantasias. A partir dessa premissa, o cordão foi fundado, demonstrando toda a sua irreverência e criatividade. Segundo Silvana, o propósito do Valu sempre foi e será espalhar alegria. “Queremos fazer as pessoas dançarem na rua, livres, mostrar que a nossa cidade é feita de gente alegre, criativa, que sabe se divertir e ama o carnaval”, afirmou.

Começou por brincadeira, mas agora é tradição. Famoso por seus pré-carnavais e por seu perfil democrático, sua folia abraça desde as faixas etárias de maior idade até os pequenos com a programação do “Valuzinho”, matinê do Cordão. O festejo gratuito e normalmente realizado em partes históricas da cidade, como a Esplanada Ferroviária, em seus primeiros desfiles já angariava dez foliões. Atualmente, segundo a fundadora, o bloco já conquistou mais de 50 mil participantes.

“Acredito que, no ano passado, lotamos o Cordão. Totalizando tudo, cerca de 60.000 pessoas participaram e preencheram a região da Esplanada”, ponderou Silvana.

Agradando desde gregos a troianos 

Há mais de 15 anos botando bloco na rua, Silvana ainda considera o primeiro cortejo o mais emocionante, pois “foi a concretização de um sonho”, disse ela, emocionada. Contudo, a fundadora também rememora outra edição marcante, não só para ela como para os foliões também. Durante o percurso do cortejo realizado em meados de 2015 ou 2017, em frente ao Colégio Católico Dom Bosco, localizado na 14 de Julho, o padre resolveu ir à rua abençoar a folia e os participantes, conforme relembrou Leandro Mendonça, um participante assíduo do Cordão.

“Uma amiga do Cordão, Aline, estava fantasiada de freira, mas com uma saia bem curta, e quando o Cordão passou pelo Colégio Dom Bosco, o padre estava dando a benção aos foliões. Ela subiu as escadas, cumprimentou e ele simpaticamente a abençoou”, rememorou.

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Foto: Reprodução

O pioneiro nos bloquinhos 

Uma das características singulares que torna o Cordão ainda mais especial para Leandro foi trazer a cultura dos blocos para a Capital. “O que diferencia o Cordão foi ter feito parte, mesmo que na época não houvesse essa total dimensão, de um movimento nacional de retomada dos blocos e cordões (SP, RJ, BH, Brasília) e ter inserido Campo Grande neste contexto, que até então tinha como Carnaval o desfile das Escolas de Samba, os clubes e a Av. Fernando Correa da Costa. Para Leonardo, a iniciativa foi um passo importante para a cultura carnavalesca da Capital, pois trouxe ao folião o papel de protagonista, ocupando a rua como quisessem, sem disputa por pontos ou roteiros. O cordão Valu foi o primeiro e o que mais arrastou foliões”, concluiu Leandro.

Em 2024, o Cordão Valu tem programação marcada para dois dias, sábado (10) a partir das 15h e terça-feira (13), com matinê das 15h às 18h e outras atrações das 18h às 23h. Com as expectativas nas alturas, Silvana anseia por um carnaval cheio, alegre e responsável.

“Que a diversão seja o carro-chefe da festa, pois buscamos promover um carnaval tranquilo e seguro. Que todos possam se divertir nesses dias, que possamos nos despir de compromissos, consolidando o carnaval de CG com muita alegria, por fim, realizando um grande carnaval”, anseia Silvana.

Para mais informações, acesse @cordaovalu, no Instagram.

Por Ana Cavalcante.

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