Planalto gasta R$ 374 mil na compra de tapetes

Foto: Divulgação/Presidência da República
Foto: Divulgação/Presidência da República

O governo Lula (PT) realizou uma licitação para gastar R$ 374 mil na aquisição de 12 tapetes para dar mais brasilidade aos palácios do Planalto, sede do Executivo, e da Alvorada, residência oficial do presidente da República. 

Os tapetes têm preços variados. O mais barato custa R$ 736 e os dois mais caros saíram a R$ 113 mil cada um – ambos são de nylon e com tamanho de 6,8 por 10,3 metros. A aquisição dos itens foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha.

No chamamento da concorrência, o governo afirmou que a compra é necessária para adequar os locais à cultura do país. 

“Tendo em vista os tapetes orientais, que atualmente ambientam salas e gabinetes dos palácios presidenciais, não trazem aos seus espaços cívicos necessitam, realizou-se um estudo sobre as tipologias de materiais utilizados na produção de tapetes brasileiros, bem como sobre os locais e meios originários de fabricação das peças de tapeçaria no país objetivando uma maior integração visual entre os espaços do prédio”, diz o texto. 

A assessoria de imprensa da Presidência afirmou que as peças “não são para uso do atual presidente e sim como patrimônio da União, e estão sendo repostas porque as atuais não estão em bom estado”.

“Além disso, respeitam os padrões e referências dos Palácios oficiais da Presidência da República. Todas as peças passam a integrar o patrimônio da União e serão utilizadas pelos futuros chefes de Estado que residirem nos palácios”, disse por meio de nota. 

O governo prevê ainda gastar R$ 156 mil na troca de piso na Granja do Torto, residência de campo da Presidência, também em Brasília. 

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) convocou para janeiro uma licitação para compra de R$ 109 mil em botons para identificação de “comitivas presidenciais em eventos e viagens nacionais e internacionais”.

No fim deste ano, já havia realizado um pregão eletrônico – modelo de contratação pública – para aquisição de R$ 282 mil em crachás e etiquetas veiculares. 

Em abril, o governo já havia gastado R$ 196.770 em cinco móveis e um colchão para o Palácio da Alvorada, conforme revelou a Folha. Na ocasião, foram adquiridos de uma loja em um shopping de design e decoração em Brasília uma cama, dois sofás e duas poltronas. Em outra loja, o governo comprou um colchão king size.

Os gastos mais altos foram com o sofá com mecanismo elétrico (reclinável para a cabeça e os pés), que custou R$ 65.140, e com a cama, de R$ 42.230. 

Na ocasião da publicação da reportagem, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) afirmou que aquela compra se deveu ao estado em que foi encontrada a mobília do palácio e reforçou que os móveis agora fazem parte do acervo da União.

“A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”, disse a pasta, em nota. 

“Se o palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis”, completou. 

Por – Matheus Texeira

 

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