Roupas leves e muita hidratação são essenciais para evitar mal-estar
O hemisfério entrou na estação mais ensolarada e alegre do ano, o verão. Ele chegou, às 0h27 desta sexta-feira (22), com alerta dos especialistas com relação à exposição ao sol nos horários de pico, necessidade de ingestão de líquidos que proporcionam hidratação eficiente e atenção aos sinais de hipertermia.
De acordo com o prognóstico climático do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), elaborado em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na região Centro-Oeste, a chuva apresentará os maiores volumes, assim como na região Norte.
Outra condição muito específica do verão é a queda de granizos, ventos de intensidade moderada para forte e descargas elétricas. As chuvas por aqui são provocadas, principalmente, pela atuação da Zcas (Zona de Convergência do Atlântico Sul).
Mesmo com essa estimativa de chuvas, é considerada ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre. Já o calor traz preocupações, pois a previsão indica predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses.
Por isso, antes de “sair para curtir e beber até cair”, como diz a canção viral de Marina Sena, lembre-se que a hidratação é essencial para evitar casos sérios de desidratação. A nutricionista Lauana Oliveira, da Unimed Campo Grande, diz que muitas vezes a pessoa está desidratada e nem sabe.
“É preciso beber água mesmo sem estar com sede, porque se não a pessoa passa mal e nem percebe. Sabe aquele sono que sentimos depois do almoço? No verão piora! É importante comer frutas mais líquidas, saladas e evitar bebidas que desidratam, como a cervejinha. Outro exemplo é o nosso tereré, que às vezes tomamos mais ele, mas que tem um efeito diurético, e água mesmo, é pouco ingerida”, alerta a nutricionista.
Para o professor de residência médica e cardiologista, doutor Luiz Ovando, nosso organismo é como uma grande usina que produz energia e que precisa estar em 35ºC para o bom funcionamento. Por isso, aos apaixonados por exercícios, além de estarem atentos à exposição ao sol, é necessário escolher bem a hora em que vai praticar atividades físicas.
“Se imaginarmos como uma grande usina, o coração é o centro que bombeia a produção de energia, em que a água é importante para o esfriamento e manutenção da temperatura corporal em 35 graus para o bom funcionamento. Quando aumentamos a temperatura, aumentamos o trabalho do coração e de todos os outros órgãos. Em dias quentes, é importante se preservar e praticar atividades físicas em horários mais amenos, como o começo da manhã e da noite”, explica o doutor.
Quem mais sofre nos dias quentes são os trabalhadores que enfrentam o transporte coletivo, sendo recomendado o uso de roupas leves e reaplicação de protetor solar de duas em duas horas, segundo a médica clínica e dermatologista Carol Arroyo.
“O ideal é um local arejado, com ventilação, mas não na nossa realidade de transporte público, infelizmente. Então, a orientação é para o uso de roupas leves, de cores claras e usar um borrifador de água que ajuda a aliviar o cansaço, diminui aquela sensação de corpo quente. São alívios temporários, pois o calor afeta o calor de maneira igual, sofrendo mais quem não tem ar-condicionado”, orienta Carol.
Por fim, a doutora Carol pede para que a população não negligencie os sinais que o corpo dá, principalmente as crianças e os idosos. “Se a pessoa se sentir mal, com alteração do sistema nervoso central, com tonturas, desmaios e até convulsão, tem que procurar ajuda médica urgente, porque o calor pode causar óbito por hipertermia. Na presença dos sintomas, sempre procure ajuda médica para avaliação, iniciar o tratamento e evitar os desfechos ruins”, conclui. Nosso querido verão só se despede às 0h06 do dia 20 de março.
Por Kamila Alcântara.
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