Mato Grosso do Sul registrou as duas primeiras mortes por dengue em 2020. Os casos ocorreram em Corumbá e na Capital, respectivamente, e as duas vítimas morreram em decorrência do tipo mais agressivo da doença, a forma hemorrágica, conforme os resultados de exames apurados pelo Lacen-MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul).
O primeiro caso, em Corumbá, foi confirmado pela SES (Secretária Estadual de Saúde) e foi registrado na última quinta-feira (9). A vítima identificada como Lucian Andrade, de 29 anos, foi internado apresentando um quadro avançado da doença. Após as análises, o Lacen-MS confirmou que a morte de Lucian Andrade foi por dengue hemorrágica.
O homem apresentou sintomas e procurou por ajuda médica, sendo internado no Hospital da Cassems de Corumbá, desde primeiros dias de janeiro. Ele passou por uma bateria de exames laboratoriais que constatou a doença. Após o diagnóstico, ele passou a receber o tratamento e, em seguida, foi transferido para Santa Casa do município, onde deu entrada no CTI (Centro de Terapia Intensiva), mas não resistiu e morreu na manhã da última quinta-feira.
A secretaria municipal de Saúde de Corumbá confirmou o caso de dengue hemorrágica, logo após a morte de Lucian, quando a Cassems também enviou o resultado dos exames laboratoriais. A Santa Casa do município também apontou que o estado de saúde do homem era grave e afirmou no atestado de óbito, que a doença foi a causa da morte da vítima. Apesar disso, o caso só foi confirmado pela SES após o laudo do Lacen.
Em Campo Grande, o contador Geverson Camelo dos Santos, de 30 anos, morreu em decorrência do mesmo tipo de dengue. A confirmação do caso veio através da assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). A informação é de que o rapaz esteve internado no Hospital da Unimed no último dia 31 de dezembro após receber diagnóstico de dengue comum. Apresentando uma melhora no estado de saúde, ele recebeu alta, mas voltou a ser internado no dia 7 de janeiro após convulsionar e expelir sangue pela boca.
Em contato com o hospital, nenhuma informação foi repassada à imprensa, em respeito à privacidade dos familiares. A Sesau informa que Geverson foi internado com insuficiência hepática e renal, que evoluiu com alteração de nível de consciência e falência renal.
(Texto: Graziella Almeida e Thais Cintra)