Nomes de outros partidos e do PSD surgem, mas definição será no final
Em época de eleição tudo é possível e começam as especulações sobre chapas majoritárias e composições. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) vai disputar a reeleição e a pergunta do momento é sobre a continuidade da parceria com a vice-prefeita Adriane Lopes (Patri), que tem compromisso partidário até o dia 31 de dezembro de 2020. Com a possível desistência de Adriane para a disputa de segundo mandato, outros nomes surgem e “politiqueiros” da cidade já arriscam sobre o novo vice.
Do próprio PSD, a subsecretária da Mulher, Carla Stephanini, que está à frente de ações da pasta e da Casa da Mulher Brasileira, pode se transformar em uma das apostas da sigla. Inclusive boatos de que poderia compor a chapa majoritária como vice-prefeita de Marquinhos surgiram recentemente.
Em relação a isso, Stephanini afirmou que não ouviu falar sobre o assunto e que tampouco gostaria de comentar, já que admira e executa trabalhos junto à gestão. Ela completou reafirmando sobre o respeito que tem à vice-prefeita Adriane Lopes e ao prefeito Marquinhos Trad, se poupando de qualquer mal-estar.
A saída de Adriane Lopes foi anunciada o ano passado pelo deputado Lidio Lopes, que preside o diretório regional do Patriotas no Estado e é esposo da vice. Ele chegou a comentar que a sigla se manterá alinhada até o fim da gestão, mas que tem o objetivo de se fortalecer para a disputa municipal. Ainda assim, o partido pode mudar de ideia até as convenções.
Cogitando um outro cenário, pode ser que o PSDB faça uma parceria com o PSD e lance um nome para vice de Marquinhos. O governador Reinaldo Azambuja, que possui um compromisso pessoal com o prefeito, pode influenciar na decisão do diretório regional. Entre possibilidades estão o presidente da Câmara, professor João Rocha, vereador João César Mattogroso e até mesmo o Delegado Wellington. Já que seria difícil os deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira abrirem mão dos cargos para
a vice-prefeitura.
Um outro quadro cogitado é de que Valdir Gomes (PP), que deve migrar para o PSD, receba o convite para vice. O vereador foi protagonista de brigas entre o ex-prefeito Alcides Bernal o ano passado e ficou descontente na sigla. Mesmo com a saída do rival da presidência do PP, Valdir não engoliu mais o Progressistas e avisou que estava de malas prontas. Junto com ele, a vereadora Dharleng Campos também deixará o PP. Eles não confirmam ainda em qual partido irão se filiar.
Pensando em aliança, no ano passado o vereador Carlão, do PSB, disse que o foco era somente aumentar a bancada no Legislativo e apoiar a gestão atual. Com isso, hipóteses de ele ou de até mesmo o presidente do partido, Ricardo Ayache, entrarem como vices não estão descartadas.
Sobre o assunto o presidente municipal do PSD, Antônio Cézar Lacerda Alves, disse que essa questão será discutida a partir de abril e que por enquanto o partido, que tem a gestão municipal reconhecida em nível nacional, vai trabalhar focado no fortalecimento de núcleos da sigla e em estratégias para reeleição. Lacerda explica que na sua opinião o vice-candidato deve ser o último a ser escolhido na chapa.
“A minha opinião política é de que o vice é o último nome a ser escolhido. Você ganha a eleição com estruturação, tem de ter contingente, montar o time, e sempre surge o arranjo final. Se você antecipa isso, diminui muito as possibilidades”, explicou o presidente, fazendo até uma referência sobre possíveis alianças.
O presidente municipal comenta que a escolha final do vice deve ser feita pelo prefeito Marquinhos, afinal, quem permanecer no cargo trabalhará nos próximos quatro anos ao lado de Trad e a harmonia é fundamental na gestão.
Muita água ainda vai rolar e decisões tomadas nas primeiras reuniões podem mudar de um dia para o outro. Os meses que antecedem as eleições municipais são cheios de surpresas, principalmente no quesito alianças e disputa da majoritária.
(Texto: Andrea Cruz)