Esta semana, as autoridades australianas anunciaram que vão abater até 10 mil camelos e dromedários selvagens que vêm se aproximando de comunidades no interior em busca de água em meio à seca prolongada que atinge o país.
Segundo informações de autoridades, as manadas de camelos e dromedários em busca de água estão colocando em risco comunidades aborígenes nessas áreas. As cáfilas também estão competindo com animais nativos, como cangurus, pelas fontes de água cada vez mais escassas.
O plano para eliminar os animais prevê o uso de atiradores posicionados em helicópteros. Na Austrália, tanto os camelos como os dromedários selvagens são chamados de “camelos ferais australianos”.
A Austrália sofreu com o ano mais quente e seco de sua história em 2019, o que causou incêndios florestais devastadores que continuam a consumir regiões do país e a ocasionar escassez de água em muitas comunidades. Pelo menos 2 mil casas foram destruídas e 25 pessoas morreram em incêndios desde setembro.
A matança de camelos e dromedários vai durar cinco dias e ocorrerá nos territórios de Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY), uma extensa área administrada por um governo local aborígene (AGL) e localizada no extremo noroeste do sul da Austrália. É a primeira operação desse tipo no estado.
O Ministério do Meio Ambiente estadual, que defende o sacrifício dos camelos e dromedários, explicou que a seca também causou “sérios problemas ao bem-estar dos animais”, pois muitos deles morreram de sede, ou ficaram feridos em confrontos ao competir por fontes de água.
(Texto: Karine Alencar com informações do Poder 360)