Perto de completar o quarto ano, do seu primeiro mandato político, o produtor rural Delano Huber não possui uma leitura muito diferente da gestão pública, do que pensa a maior parte dos prefeitos do Brasil. Governante de Camapuã, cidade localizada a 140 quilômetros de Campo Grande, recebeu a administração quebrada do seu antecessor e ainda tenta equilibrar as contas, depois de 37 meses.
“É uma luta diária. Se não bastasse o desafio, que é orientar Camapuã para uma rota de desenvolvimento, teve ainda o ônus de assumir uma prefeitura com inúmeros problemas. Com muito trabalho, passamos a organizar as pastas, e atender da melhor forma o cidadão, mas confesso que ainda estamos ajustando, até hoje, questões referentes ao período anterior a 2017. Na nossa cidade são 280 pontes e 4 mil quilômetros de estradas vicinais, o que não é pouco, uma área extensa para manutenção frequente”, cita Delano.
Na 33ª posição em Mato Grosso do Sul, no ranking de Produto Interno Bruto (PIB) – medido pelo IBGE – Camapuã tem melhorado nos últimos anos situações de infraestrutura e qualidade de vida, mas ainda sofre com o dilema de diversificar a sua plataforma econômica. Delano garante que essa é um problema muito ligado a retenção do jovem no município.
“Precisamos trazer mais indústrias e, inclusive mudar a cultura local sobre investimentos. Com mais opções não perderemos o jovem para outras cidades, como a nossa capital, por exemplo. Camapuã fica em uma área privilegiada, sendo cortada pela BR-060, que liga o nosso Estado a Brasília, passando por 15 cidades de Goiás. Tendo mais integração, e modernizando a realidade do município, tenho certeza que iremos acelerar o progresso da região norte de Mato Grosso do Sul”, analisa o prefeito.
(Texto: Danilo Galvão)