Dia 30 de setembro de 1958 foi inaugurado o Mercado Antônio Valente Municipal, conhecido como Mercado Municipal ou Mercadão. Neste ano, o espaço completou 65 anos de história. No último aniversário ganhou, de presente da Prefeitura de Campo Grande, na Praça Oshiro Takimori onde se encontra a feira indígena, um ponto de wifi, do programa “Conecta Campo Grande”, que já está sendo utilizado pelas 5 mil pessoas que passam pelo local, diariamente.
A mais recente mudança no Mercadão, foi a instalação do wi-fi. A dona Marileide Francisca, 49, representante dos povos indígenas da Praça Oshiro Takimori, relembrou o sufoco que os comerciantes estavam passando ao tentar passar alguma compra, não só eles, pois os clientes também estavam passando apuros.
“Ajudou muito com o wi-fi aqui, agora os clientes terão mais facilidade em realizar o pagamento e os vendedores poderão ficar mais tranquilos, porque antes perdíamos muitos clientes por conta dessa questão, os fregueses não tinham internet, ou a gente mesmo não tinha, a máquina de passar cartão falhava muito, então deixávamos de vender. Agora, vai mudar. Já começamos a ver a difereça, as pessoas já estão vindo fazer suas compras aqui”, comentou Marileide Francisca.
O ponto turístico da Capital evidencia que a cidade é receptiva, acolhedora e cheia de oportunidades, um lugar que abrigou imigrantes, dessa forma foi ganhando forma, abrigando vários tipos de especiarias. Foi o que contou Manoel Bento Martins, 71, que, segundo os colegas de trabalho, é tido como o patrimônio do Mercadão, isso por que foi um dos primeiros a adquirir um box e o único que se mantém até hoje no lugar.
“Eu era um funcionário, trabalhava para o Soares, então ele resolveu sair, expandir o mercado dele em outro lugar, foi quando eu montei o meu lugarzinho aqui, há 60 anos. Quando eu decidi me erguer aqui, eu não tinha nada, hoje, graças ao fruto do meu trabalho, eu tenho as minhas coisinhas. É bom olhar para trás e ver cada passo andado, não foi fácil, foi cheio de altos e baixos. Hoje só paro pelo cansaço da idade, se não, continuaria por mais 20 anos”, relembrou o senhor Samuel.
Entre as paredes do Mercadão existem histórias que passam de geração em geração, é o caso de Ronald Kanashiro, vice-presidente da Associmec, que viu seus avôs trabalhando na feira, depois de o Mercadão ser construído, acompanhou sua mãe fazendo seu sustento ali, enquanto ele era cuidado pelos vizinhos de barraca.
“Eu sou a terceira geração, meus avós já eram da Feira Central, depois que foi feito o loteamento dos espaços. A Prefeitura retirou as pessoas, demarcou o espaço e fez a edificação do mercado e assim retornaram cada um, no seu devido local. Passado isso, a minha avó se aposentou. E a minha mãe continuou no ramo de frutas, leguminosas e eu toquei, depois. Praticamente nasci dentro do Mercadão, fui criado aqui dentro. Depois, apareceu a oportunidade de comprar um espaço, em outro segmento, que é o segmento de carne. Então, minha empresa, o empreendimento de carne, começou em 1996 e esse ano está completando 27 anos”, finalizou.
Capital conta com mais de 70 pontos de wi-fi gratuito
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), ativou, no dia 29 de setembro, a rede de internet wi-fi gratuita, da Praça Oshiro Takimori – a tradicional Feira Indígena do Mercadão.
Para acessar a rede, basta realizar um cadastro (exigência da Lei Geral de Proteção de Dados), depois escolher, no aparelho de celular, a rede “Conecta Campo Grande”, digitar o CPF e senha cadastrados e navegar.
Por Inez Nazira.
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