Conforme o último levantamento feito, 22 áreas estavam em estado de risco
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) está realizando o Liraa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti) neste mês. Esse será o primeiro levantamento do ano e o resultado deve ser divulgado na próxima semana.
O Liraa é feito a cada dois meses e serve para que a secretaria verifique o índice de infestação do mosquito nos bairros, ajudando no planejamento das ações futuras de combate a dengue. Em função do período chuvoso e quente, propício para o mosquito, a secretaria acredita que número de bairros com alto índice deve ter aumentado em relação ao último mapeamento.
Segundo o último levantamento, feito em novembro do ano passado, 22 áreas estavam em estado de risco, ou seja, com índice de infestação superior a 1%. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, o novo Liraa, provavelmente, além do fator da estação que favorece o mosquito, é comum que os agentes encontrem muitos focos nas residências. “O número de áreas de risco poderá ser maior por conta da presença da chuva que acaba sendo um período crítico e a presença do calor também acaba favorecendo a proliferação do mosquito. Ainda encontramos muitos focos e criadouros que são deixados pela população dentro dos quintais das casas”, explica.
Ainda segundo a superintendente, alguns bairros como Alves Pereira, Moreninhas, Los Angeles e Nova Lima, sempre apresentam índices de infestação superior a 1% e, por isso, são prioridades nas ações de combate. “É feito todo um trabalho de visita domiciliar para conscientizar a comunidade em relação ao controle da dengue, são feitos também mutirão de limpeza em parceria com outras secretarias, além do trabalho de educação e saúde. O poder público sozinho não tem controle sobre o mosquito se a gente não tiver realmente a participação da comunidade”, enfatiza.
Desde agosto do ano passado, os carros do fumacê deixaram de circular, isso porque o Ministério da Saúde não entregou o inseticida que, segundo eles, apresentou problemas nos testes feitos. Ainda não há previsão para que a Sesau receba o inseticida, no entanto, Veruska garante que a ausência do fumacê não atrapalha no combate ao Aedes Aegypti. “Nós usamos o último estoque que tínhamos na epidemia da doença, mas, por enquanto, ainda não temos previsão de quando teremos o inseticida a disposição da secretaria. O fumacê vem para contribuir, mas ele não é a principal ferramenta utilizada pelo controle vetorial, o maior trabalho de controle do vetor é o controle mecânico, por meio da eliminação do criadouro”, garante.
Dados epidemiológicos
De acordo com os dados do último boletim epidemiológico divulgado no dia 30 de dezembro do ano passado, foram notificados 39,3 mil casos de dengue, sendo que 19,6 mil foram confirmados. Durante o ano, foram registrados 18 casos graves da doença e oito mortes. Somente no mês de dezembro, foram 239 casos notificados e, em 2019, o mês com maior número de casos de dengue foi março com 9,7 mil notificações.
(Texto: Rafaela Alves)