Prefeitura de Nova Andradina descarta construção de presídio na cidade por falta de demanda

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Foto: Marcos Maluf

Enquanto isso, a Capital deve receber mais três unidades no Complexo Gameleira e uma em Jardim

O prefeito de Nova Andradina, Gilberto Garcia, negou o terreno para a construção de unidade prisional no município. A cidade era uma das indicadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Governo do Estado. Com isso, Campo Grande receberá três unidades no Complexo Gameleira.

Gilberto Garcia relatou ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, que não há demanda local para a construção de presídio em Nova Andradina.

“Conversei com o Dr. Antônio Carlos Videira e repassei a ele o descontentamento da comunidade com a possibilidade de receber mais uma unidade penal, além da que já temos na nossa área urbana. Após consulta aos nossos vereadores,empresários, membros do Conselho Comunitário de Segurança, prestadores de serviços e forças de segurança pública, concluímos que Nova Andradina não concorda com a construção desta unidade prisional”, disse o prefeito Gilberto Garcia.

Outro lugar cotado para abrir uma nova unidade prisional é o município de Jardim. A prefeitura local não confirmou a proposta e está avalizando a questão. “A construção do novo presídio no município de Jardim ainda não está confirmada, pois ainda não recebemos a resposta referente ao aceite da proposta quanto ao local proposto, na qual precisa ser realizado o devido estudo de impacto da instalação desse estabelecimento prisional.”

Jardim, como outras cidades do Estado, tem superlotação no sistema prisional, uma nova unidade na cidade ajudaria com a demanda. “A instalação de um novo presídio no município de Jardim pode se destacar tanto a agilidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) quanto a parte organizacional e operacional, uma vez que Jardim possui, geograficamente, uma posição de cidade polo, bem como, com o avanço da instalação da Rota Bioceânica, possivelmente a demanda carcerária de vagas poderá aumentar, sendo que o presídio possui capacidade de lotação de 114 internos, mas possui, atualmente, 330.”

O repasse para o Estado, para a construção dessas novas unidades, deve somar R$ 200 milhões até o fim de 2023, conforme acordo assinado por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, com o governador de MS, Eduardo Riedel.

Presos em MS 

De acordo com o relatório da Agepen, o tráfico de drogas é um dos principais responsáveis pelas prisões. Até julho deste ano, o número de presos em regime fechado no território estadual era de 14.456, apenas na Capital encontra-se 6.110 pessoas.

Em regime semiaberto e aberto são 6.353 presos, sendo 2.263 somente em Campo Grande. Ao todo, contabiliza 20.809, sendo 11.742 vagas no sistema para todo o Estado. A previsão, com essas novas unidades prisionais, é que aumente mais 1,6 mil, o número de vagas.

Por Inez Nazira – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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