Uma das bancadas que tem previsão de maior perda será o PSD
A “dança das cadeiras” se aproxima da Câmara de Campo Grande, à medida que os meses que antecedem a eleição de 2024 ficam mais estreitos. Diversos vereadores, entre os 29, já esboçaram desejo de mudar de partido durante a abertura da janela partidária, prevista para ocorrer entre março e abril de 2024. A maior debandada de integrantes deve ocorrer no PSD, que hoje tem 8 parlamentares, na Câmara. A legenda enfrenta dificuldades e insatisfação de lideranças, após a derrota do ex-prefeito Marquinhos Trad, na disputa pelo governo, em 2022.
O vereador Otávio Trad (PSD) disse, ao jornal O Estado, que aguarda reunião com o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, para decidir se fica ou se sai. “Teremos uma reunião nos próximos dias com o presidente estadual e, nessa reunião, iremos entender qual o objetivo do partido para 2024. Caso entenda que o partido não se fortaleçam, irei analisar os convites que tive.” Junior Coringa afirma que também aguarda uma reunião com o presidente do PSD, senador Nelsinho Trad, para decidir. No último sábado (8), ele esteve no evento “Diálogos Tucanos”, que reuniu dezenas de lideranças do PSDB na sede do diretório, em Campo Grande. O movimento demonstra uma aproximação com o ninho tucano. “Ainda não há nada certo sobre isso. Estamos aguardando a reunião com o senador Nelsinho e, a partir desse resultado, é que vamos decidir.” Do PSD, já esboçaram que irão trocar de partido os vereadores Beto Avelar, Valdir Gomes e Tiago Vargas. Beto Avelar é líder da prefeita Adriane Lopes (PP) e vai migrar para o Progressistas, a fim de fazer parte do grupo sob liderança da senadora Tereza Cristina.
Tiago Vargas anda insatisfeito com a legenda desde o ano passado, quando solicitou sua saída, mas foi proibido. Ele confirmou, ao jornal O Estado, que pretende se filiar ao PL. “Após reflexão e análise, decidi trocar de partido político, deixando o PSD e me filiando ao PL. Essa mudança foi tomada com base em princípios e valores que acredito serem fundamentais para a nossa sociedade (Deus, Pátria, Família e Propriedade)”, disse Vargas, que também esclareceu sobre a necessidade de mudanças.
“O cenário político está em constante transformação e, como representante do povo, sinto a responsabilidade de me adaptar e buscar o melhor caminho para servir à nossa comunidade, sempre alinhado com o meu líder político, [o ex-]presidente Bolsonaro”. Outro vereador em busca de uma nova “casa” é Valdir Gomes, que já anunciou que não quer mais ficar no PSD. Ele disse, ao jornal O Estado, que está aguardando. “Ainda não decidi, tem 4 partidos que me fizeram convites.” O vereador Silvio Pitu, do PSD, é outro que tende a trocar de sigla e indicações mostram que ele poderá se juntar ao grupo tucano.
O Professor Riverton (PSD) ainda não confirmou sua mudança, mas rumores indicam que ele também deve se juntar ao Progressistas, pois é uma espécie de apadrinhado político da senadora Tereza Cristina e faz questão de acompanhá-la em todas as suas pautas, na Capital. Willian Maksoud (PSD) também deverá escolher nova legenda e já recebeu convites do PSDB e PSB. O vereador Delei Pinheiro (PSD) não sinaliza troca de legenda, por enquanto.
Paulo Lands, do Patriota, é outro que, em breve, deve migrar, especialmente após o anúncio de fusão do seu partido com o PTB.O vereador Victor Rocha, do Progressistas, diz que fica na legenda para disputar reeleição, se houver condições favoráveis. “Recebemos vários convites. Estamos analisando a possibilidade de ficar no Progressistas e, se ele der todas as condições que a gente precise, não tem por que mudar de partido. Agora, se virmos que as condições são melhores em outro, iremos analisar a possibilidade de mudar”, disse Victor Rocha. Ronilço Guerreiro, do Podemos, afirma que está pensando em mudar. “Estamos analisando o cenário, mas, no momento, estou focado em meu mandato. Estou adorando ser vereador. Não é a certeza que me move, mas as possibilidades. Vamos aguardar a janela partidária.”
Também do Podemos, o vereador Zé da Farmácia disse que continua na legenda. “Continuo no Podemos. Ainda é cedo para pensar em mudança de sigla.” Clodoilson Pires (Podemos) disse que é muito cedo parapensar em mudança. “Vamos ter reuniões com o partido.
Agora, temos uma senadora pelo partido e isso vai fortalecer, também. Neste momento, não tenho interesse nenhum em sair do partido. Vamos esperar os rumos e, pelo que estou conversando com a bancada, não há vereadores com intenção de sair.”
O vereador Marcos Tabosa, do PDT, afirma que vai mudar para o PSB, quando abrir a janela. O Professor André Luis, do Rede, diz que não muda de partido. “Continuo no Rede e sou pré-candidato a prefeito.”
Por enquanto, o PSDB vem fazendo convites e conta com os vereadores Professor Juari, Claudinho Serra e Ademir Santana. Na bancada do PT, Luiza Ribeiro e Ayrton Araújo também continuam nas fileiras do partido. Presidente municipal do PSB, o presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges, está fazendo esforços para que o PSB construa boa chapa e participe de majoritária.
[Rayani Santa Cruz– O ESTADO DE MS]
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