Bebê com suspeita da doença segue internado e Secretaria de Saúde orienta a população

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Depois de alguns Estados do Brasil registrarem casos confirmados e até mortes causadas pela febre maculosa, Mato Grosso do Sul reacendeu o alerta para os cuidados e prevenção da doença. Diante disso, ontem (22), a SES/ MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) emitiu uma Nota Técnica Informativa para conscientizar a população quanto à prevenção, forma de transmissão e principalmente quanto ao tratamento da doença.

A nota esclareceu que a doença pode acometer qualquer pessoa de qualquer idade, desde que fique exposta ao carrapato contaminado, no entanto, a população de 20 a 49 anos é a mais atingida, principalmente homens, com relato de exposição a carrapatos e a animais silvestres, estão entre os mais propensos à contaminação da doença. O alerta também vale para animais domésticos que frequentaram ambientes de matas, rios ou cachoeiras e que, infelizmente, não estão livres do hospedeiro.

Sobre a prevenção, a SES informou que ela consiste em não ter ou dificultar o contato com o carrapato-estrela, principal transmissor. A secretaria ainda salientou outras medidas= que podem ser adotadas para não ser contaminado, sendo algumas delas: evitar andar em locais com grama ou vegetação alta, utilizar repelentes e caso tenha contato com os animais, utilizar roupas claras para facilitar a visualização do carrapato.

Anteriormente, o jornal O Estado divulgou a informação de que havia um caso suspeito de febre maculosa em Campo Grande. O paciente é uma criança de um ano de idade que está internada em um hospital de Campo Grande. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, o estado de saúde da criança é estável e ele segue em uso de medicamentos, sem previsão de alta hospitalar. “O tempo em que a criança permanecerá internada vai depender da avaliação da equipe médica e até que ela apresente melhora significativa no quadro de saúde para ter alta. Não está relacionado com a confirmação da doença. Cabe esclarecer que a febre maculosa não é transmitida entre humanos, apenas pela picada do carrapato contaminado com a bactéria do gênero Rickettsia”, pontuou.

Segundo a secretaria, o paciente chegou ao hospital com sintomas comuns, como febre, náuseas e vômitos, além de dores no corpo, sendo considerado um caso suspeito. “Trata-se de um paciente com histórico de viagem ao interior, circulando tanto pela zona rural como urbana da cidade”, explicou, em nota para a reportagem.

Além disso, a Sesau informou que o resultado dos exames coletados e enviados para o centro referência em diagnóstico da doença pelo Ministério Público deve ficar pronto em aproximadamente 20 dias, ou seja, em julho.

 

DIAGNÓSTICO

De acordo com a SES/MS, o diagnóstico da febre maculosa é relativamente difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, levando em consideração que os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, como a leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia. Entretanto, durante avaliação médica, o paciente deve ser questionado onde mora e se esteve em locais com mata, florestas, trilhas ecológicas, se teve contato com animais silvestres ou não e se pode ter sido picado por um carrapato. Ao mesmo tempo, o profissional de saúde também solicite exames que possam contribuir para um diagnóstico precoce da doença.

SINTOMAS

Alguns principais sintomas são: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares. Também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés. A doença tem um período de incubação que varia de dois a 14 dias.

TRATAMENTO

De acordo com a nota divulgada pela SES/MS, o tratamento da doença é essencial para evitar que ela atinja níveis mais graves e até mesmo leve a óbito. “O tratamento é feito com antibiótico específico e, em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. Portanto, o ideal é procurar uma unidade de saúde assim que os primeiros sintomas aparecerem”, alertou.

 

 

Por Tamires Santana- Jornal O Estado do MS.

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