Um alívio pontual nos temores de escalada das tensões entre China e Estados Unidos abriu espaço para uma recuperação do apetite por risco nesta quinta-feira. Em dia de perda generalizada da moeda americana em relação a divisas emergentes, o dólar à vista operou em baixa o dia inteiro e, depois de registrar mínima de R$ 3,9202 na última hora de negócios, fechou a R$ 3,9275, recuo de 1,18%.
Embora já estivesse em grande parte refletida nas telas de cotação, a aprovação definitiva da reforma da Previdência na Câmara na quarta e a perspectiva de tramitação tranquila no Senado contribuíram para a recuperação do real. Operadores notaram desmonte de posições compradas em dólar de investidores estrangeiros, o que revela menos demanda por proteção. De 26 de junho até quarta, os estrangeiros haviam elevado suas posições compradas em pouco mais de R$ 3,5 bilhões, em meio à piora do cenário global.
O mercado de câmbio doméstico já abriu sob o impacto da alta surpreendente das exportações China em julho e uma depreciação da moeda chinesa menor que a esperada, embora a cotação do dólar tenha sido fixada acima da marca psicológica de 7 yuans. Temia-se que a China, acusada de manipuladora cambial pelo presidente Donald Trump, pudesse promover uma desvalorização mais forte da sua moeda, elevando a temperatura do conflito com os EUA. (Informações do jornal O Estado de São Paulo)