Rompendo barreiras, o balé clássico brasileiro, conhecido por ser uma dança europeia elitizada, vem desconstruindo os preconceitos. Nunca foi um meio associado aos negros e pessoas com baixo poder aquisitivo. Nesse aspecto, o sonho do baihano Jonathan de Araújo Santos, 9 anos, de entrar para a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Santa Catarina, foi realizado após muito esforço e apoio da família.
Jonathan e sua família enfrentaram sérias dificuldades para atingir os objetivos. Josué, o pai, pegou empréstimos e milhas aéreas com amigos para bancar as duas etapas das seletivas do Balé Bolshoi no Sul do país. “Eram muitas crianças, Salvador em peso. Nosso objetivo inicial só era levar Jonathan para que ele não ficasse em casa, mas, ao chegar lá, vimos que ele tinha a idade e o corpo ideal. Decidimos tentar”, disse Josué ao Correio da Bahia.
Jonathan fez alguns testes e impressionou a banca de 10 professores pela flexibilidade. E sem ficar nervoso, viu? “Eu fiz tudo certinho, como eles mandaram. Estou animado e aprendendo balé, não sabia nada antes”, relatou com a timidez natural de uma criança.
Ele e a irmã já estão de malas prontas e partem em dois dias depois que a Associação Classista de Educação e Esporte (ACEB), lançou a campanha de financiamento coletivo que começou no dia 7 de dezembro. A meta era de R$ 10 mil, mas até o meio da semana, a família tinha R$ 18 mil na conta.
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(Texto: Lyanny Yrigoyen com Hypeness)