O mês de novembro foi marcado pela alta do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) de 0,26% para 0,59%. A taxa é a maior desde 2015, quando o índice ficou em 1,14%. A alimentação é a principal responsável pelo resultado, segundo o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp.
Na análise do coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, a carne representou grande peso devido a entressafra do boi gordo. “Aliado a isso, temos a alta do dólar frente ao real, o que favoreceu as exportações do produto. O início das exportações de carne bovina para a China impactou pois, no momento, não se dispõe de tanta carne bovina para atender os mercados interno e externo”, contextualiza. O professor sinaliza que a liberação dos recursos de 13º salário e FGTS aumenta o poder de compra e, consequentemente, o consumo, fazendo a inflação aumentar.
Além do grupo Alimentação, Habitação, Transportes, Despesas Pessoais, Vestuário e Saúde apresentaram alta em novembro. Apenas o grupo educação fechou com uma pequena deflação, ajudando a retardar o crescimento do índice mensal.
O grupo habitação, que possui o maior peso de contribuição para o cálculo do índice mensal, apresentou uma moderada inflação de 0,47%. O grupo Transportes fechou novembro com índice de 0,76% devido a altas do etanol (2,81%), diesel (2,54%) e da gasolina (1,79%). Quedas de valor ocorreram com automóvel novo, (-0,66%) e passagens de ônibus interestadual (-0,04%).
A Educação registrou deflação de -0,09% devido a quedas de preços em artigos de papelaria. Já o grupo Despesas Pessoais apresentou alta de 1,19%, motivado, principalmente, aos aumentos de preços de jogos lotéricos, que subiram (24,35%). Outros destaques de majorações são absorvente higiênico (5,12%) e o protetor solar (2,43%).
Os gastos com Saúde também ficaram um pouco mais caros: 0,03%, puxado pelo analgésico e antitérmico, que subiu 1,17%. O material para curativo caiu -2,78%. Encerrando o levantamento, o grupo Vestuário ficou com pequena inflação de 0,16%. As principais altas foram constatadas com: saia (4,13%), blusa (3,56%), tênis (3,48%), entre outros.
(Texto: Marcus Moura com informações da assessoria)