Deflagrada no dia 10 de outubro pela Receita Federal com o apoio da Polícia Federal, a Operação Fronteira Legal apreendeu, nesta segunda-feira (17), mais de uma tonelada de mercadorias em cinco estabelecimentos comerciais de Corumbá que vendem produtos estrangeiros, sem comprovação da regular importação e o pagamento de impostos devidos.
Segundo Diário Corumbaense, a operação mobilizou 16 servidores da Receita Federal e policiais federais. As mercadorias têm valor estimado em R$ 350 mil, totalizando mais de R$ 1 milhão em apreensões desde o início das ações.
A ação é resultado de investigações realizadas por meio de diligências que apontaram lojas que vendem principalmente eletrônicos estrangeiros, sem notas fiscais de entrada no País e nem declarações de importação.
Conexão Corumbá
No mesmo intervalo de tempo, Corumbá foi alvo de uma outra operação conjunta entre a Receita e a Polícia Federal. Batizada como Operação “Conexão Corumbá”, a ação contou com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e desvio de recursos públicos.
As investigações tiveram início com a apreensão, realizada pela Alfândega da Receita Federal de Corumbá, de grande quantidade de moeda em espécie na posse de dois irmãos e da companheira de um deles, quando tentavam passar pela fronteira do Brasil (Corumbá) com a Bolívia (Puerto Soarez).
Em decorrência das apreensões e de trabalhos investigativos continuados, levantou-se a informação de que os envolvidos recebiam quantias em espécie de não residentes em Corumbá/MS e, posteriormente, remetiam irregularmente à Bolívia por meio do trânsito de pessoas ou de remessas fracionadas a bancos estrangeiros.
Embora a finalidade declarada para o envio de recursos fosse diversa, os indícios evidenciaram a prática de evasão de divisas e lavagem de dinheiro proveniente de crimes conexos, tais como, tráfico internacional de drogas e desvio de recursos públicos. Dentre as transações identificadas, recaíram suspeitas de que relevante beneficiário dos ilícitos cometidos seja importante empresário de Tocantins.
O grupo investigado compreende residentes em Corumbá e nos estados de Goiás e Tocantins. Levando-se em consideração as movimentações bancárias suspeitas, os valores remetidos ilegalmente ao exterior devem ultrapassar as dezenas de milhões de Reais.