O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, aposta que pode ser o grande líder de Centro. Criou uma forte agenda social aliado à deputada Tábata Amaral (PDT-SP) – conhecida como um fenômeno eleitoral – para alargar espaços políticos. Mas o plano de expansão de poder passa ainda, por aprovação de emenda, que permitirá sua reeleição como presidente da Câmara.
No entanto, seria necessário que o Senado também concordasse com a proposta, fazendo o mesmo movimento na Casa, para que seja uma decisão conjunta e não apenas de Maia. O obstáculo agora está na impopularidade do colega do DEM, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Enquanto Maia tem força e popularidade na Câmara para fazer passar o Projeto de Emenda, Alcolumbre no Senado está desgastado. O senador não tem a simpatia dos pares mais jovens – um dos motivos é o engavetamento da CPI da Lava Toga – e também não é respeitado pelos senadores mais velhos. Vários já querem seu lugar daqui a um ano.
Se o cenário no Senado continuar assim, Maia já teria avaliado que não seria estratégico insistir com a emenda da reeleição só na Câmara, o que lhe causaria desgaste. Na prática, Maia quer dividir essa conta com Alcolumbre e tem esperanças que o colega de partido consiga reverter isso nos próximos meses, em tempo de aprovar a emenda e os dois concorrem à reeleição.
(Texto: Congresso em Foco)