Em Campo Grande – na reinauguração do Reviva Centro – o público pode cantar e emocionar-se relembrando o sentimento que gerava, na década de oitenta, músicas como “Lindo Balão Azul” e todas as demais que continuam encantando gerações até os dias de hoje, com a magia da turma do Balão Mágico.
“É como uma menina falou, eu não sou daquela época mas minha mãe me mostrou, eu aprendi, conheço muito. Isso é bom de ver, os pais que agora passam para os filhos. É uma coisa que vai indo e passando pelas gerações”, contou o cantor, ator e artista plástico Tob (Vimerson Cavanillas) durante visita à Capital.
Do sentimento, Tob só soube relatar que gera: “muita saudade e essa volta que está acontecendo, com o público, é maravilhosa. A gente cantando vê as pessoas se emocionarem. Nós nos emocionamos também e reviver a energia daquela época é muito bom”.
“A gente, desde o ano passado, tem feito algumas cidades com um ‘revival’, como comemoração desses 35 anos. Abrimos em São Paulo, no Tom Brasil, e fizemos várias cidades. Para a gente é uma grande satisfação na verdade. Reviver esse momento, essa coisa que todo mundo tem, uma memória afetiva muito gostosa que as pessoas têm da gente, do grupo”, explica Simony.
Sem a presença dos demais integrantes, a cantora revela que dos shows: “Tem um tempo determinado essa turnê, mas, como era para durar um ano e não conseguimos fazer todas as cidades que temos vontade, então vamos protelar mais um pouco… mas não é muito tempo. Ainda vamos visitar outras cidades que não pudemos ir e que querem ver a gente”.
“Agora tá muito mais gostoso de ver tudo isso acontecendo. Por exemplo, uma coisa que parece boba, mas não é, que naquela época eu queria cantar ao vivo no show e não tinha, era playback. Então tínhamos que dublar, apesar de que às vezes o microfone ficava aberto. Mas só isso para mim já dá um baita prazer de hoje cantar e tendo essa troca maravilhosa”, comenta ainda Tob.
Da responsabilidade que era ser parte do Balão Mágico, Tob comenta que: “tinha e não tinha. É difícil para explicar, porquê depois que você cresce que vai entendendo mais o todo. Acho que a dimensão do que foi talvez eu não tivesse”.
“A gente faz show para a família. Em Belo Horizonte haviam crianças de colo cantando as músicas do Balão. É passado de geração em geração e sempre agredecemos os pais no show, por não deixarem o balão morrer. Porquê é por eles que o balão continua. Que eles escutam no carro, passam para os filhos, mostram no Youtube e assim vai indo… o balão vai, até ficarmos bem velhinhos, se Deus quiser”, revela Simony.
Tanto do toby quanto simonny, a cantora destaca que a arte: “vem de sangue. E a gente foi aprimorando, além de que tivemos a sorte de estar no lugar certo e na hora certa. Que tem muitas pessoas que tem o dom e não tem a oportunidade”.
De um revival geral, Simony destaca que: “é muito complicado acontecer isso. Eu e toby, a gente vive da arte. Ele além de cantar, pinta, é ator de filmes, então vivemos para isso e dependemos exclusivamente da arte. O Mike, por exemplo, tem outro trabalho. O Jair mora fora do país. Seria inviável para a gente fazer uma turnê. Mas a gente representa todos eles, com certeza. Quando subimos ao palco representamos o Jair, o Mike, Pessini – que é o Fofão -, o Castrinho… todo mundo que fez parte do balão.
(Texto: Leo Ribeiro)