O endividamento das famílias brasileiras voltou a crescer e alcançou o maior nível em 3 anos. Em maio, a taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses subiu para 44,04%. É o maior nível desde abril de 2016, quando marcava 44,2%.
As informações foram publicadas nesta segunda-feira (5), em reportagem do jornal Valor Econômico, com base em dados do Banco Central. Desde que atingiu seu menor nível em dezembro de 2017 (41,33%), o indicador apresenta tendência de alta.
Uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio) também indica aumento no número de famílias que se declaram endividadas. Em julho, 64,1% afirmaram estar na situação, a maior quantidade desde maio de 2013, quando eram 64,3%.
Apesar do aumento de endividados, o nível de comprometimento da renda e a inadimplência se mantiveram estáveis até o trimestre encerrado em maio. O que indica que mesmo com mais dívidas, houve o pagamento dos débitos.
Economistas consultados pela reportagem estimam uma melhora no cenário econômico caso haja a aprovação da reforma da Previdência e os juros continuem baixos, mas alertam que uma possível piora no mercado de trabalho pode deixar as famílias com mais dificuldades no cumprimento das dívidas. (Poder 360)