Quem tem um pet sabe o quanto esses amiguinhos enchem a casa de alegria e fazem bem para toda a família. Sempre alegres, carinhosos e com energia de sobra, os bichinhos também são utilizados para trazer benefícios, tanto para a saúde física e psicológica de pessoas que sofrem de males como a depressão, ou distúrbios fisiológicos, cognitivos e comportamentais. Diogo Cesar Gomes da Silva é zootecnista, professor mestre do curso de Medicina Veterinária. É coordenador do Projeto Amar – Intervenções Assistidas por Animais da Uniderp e contou como os animaizinhos podem ajudar as pessoas.
“O estresse, a ansiedade e a depressão, como distúrbios fisiológicos, cognitivos e comportamentais, estão, em especial, associados à nossa interação com o meio social e, justamente por isso, que os pets possuem a potencialidade de reduzir estes problemas. A relação entre o homem e animais de companhia, em especial cães e gatos, tem sido muito investigada pela ciência moderna. Os estudos revelam que a presença desses animais altera nossas dinâmicas sociais, nosso estado emocional e nossos repertórios comportamentais”, afirmou Diogo.
Existem estudos e trabalhos desenvolvidos pelos cientistas que comprovam a eficácia da utilização de pets em terapias com seres humanos. “As áreas da saúde como a Psicologia, Medicina, entre outras, estão bastante interessadas nesse fenômeno multiespécie. Muitos trabalhos científicos demonstram os benefícios de conviver e de interagir com animais de companhia, citando como alguns exemplos: redução do estresse (hormônio cortisol), redução da pressão arterial, adesão a tratamentos farmacológicos, melhora em sintomas psiquiátricos, melhora na autoestima, modificações de comportamento, redução da ansiedade, agressividade, entre outros, pontua o professor Diogo.
E essa benesse oferecida pelos pets não se restringe apenas aos cães e gatos. Outas espécies também atuam como coterapeutas, como explica Diogo. “Existem relatos de utilização de outras espécies nessa modalidade de intervenções assistidas por animais. Muitos trabalhos exploram os benefícios desses animais com pacientes com transtorno do espectro autista, pacientes psiquiátricos e na educação infantil, aves exóticas, coelhos, peixes e até corujas e serpentes, podem ser citados como exemplos. Estes animais despertam a curiosidade, ajudam na atenção e processos cognitivos importantes, além de permitir canais de acesso aos pacientes.”
A Uniderp possui o Projeto Amar – Intervenções Assistidas por Animais, que justamente faz este trabalho. Diogo explicou para o caderno viver bem como funciona esse trabalho. “Nós nos utilizamos especialmente dos cães, mas exploramos animais exóticos (como a observação de pássaros) e outros animais domésticos como cavalos, ovelhas e demais animais de fazendo em um sentido recreativo e de atividades estimulatórias, principalmente, com crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista e Síndrome de Down.”
O Projeto Amar atualmente se concentra em hospitais como a Santa Casa e HU-UFMS com o uso dos cães. Os cães também são usados na AMA, das crianças até adultos com Autismo, na AACC e na Escola Juliano Varela, que atua na educação e trabalho com a Síndrome de Down. Quem quiser mais informações sobre o Projeto Amar pode acessar o Instagran: www.instagram.com/amar.iaa.
(Texto:Marcelo Rezende)