Região central de Campo Grande valoriza 14,8% em 12 meses

Divulgação/PMCG
Divulgação/PMCG

Metro quadrado da região aumentou R$ 632 no período

Nos últimos 12 meses, a região central de Campo Grande valorizou 14,8%. Isso porque o preço do metro quadrado na região aumentou R$ 632, saindo de R$ 4.277 para R$ 4.909. Os dados constam no índice FipeZap, de julho.

Neste mesmo período, a Capital ficou em 6° lugar entre as capitais do Brasil que mais tiveram valorização, chegando ao índice médio de 12,84% em relação ao aumento nominal de preços. Nos três primeiros lugares estão Vitória (+21,94%), Goiânia (+20,25%) e Curitiba (+16,70%).

O gestor imobiliário João Hercílio de Araújo Filho explica que o aumento da valorização se deve aos investimentos imobiliários da região. “A influência do centro é uma praticidade e garante que mais pessoas vindo de fora têm a facilidade em tudo. Dessa forma, a procura pelo imóvel acaba valorizando a região”, finaliza.

O presidente do Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Eli Rodrigues, completa que alguns terrenos que ficam na região são vendidos por um valor baixo e o comprador constrói imóveis em um menor preço, o que acaba valorizando.

Já para o presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), Geraldo Barbosa Paiva, outro fator que melhorou a área central de Campo Grande é a retomada das atividades econômicas, que ficaram comprometidas pela pandemia nos últimos dois anos. Com isso, o principal responsável por dar vida ao centro são os comércios e os serviços.

“Com o retorno pleno das atividades, comércio e serviço estão se recuperando de forma exemplar. A área central tem a oportunidade de se valorizar ainda mais. As atividades noturnas e de lazer, como cinemas, teatros, restaurantes e barzinhos, faz a população de toda cidade se deslocar para o centro em horário noturno, gerando emprego e vida”, destaca.

Atrativo

Além do comércio, o “coração” da Capital sempre teve facilidades para população, atraindo até mesmo pessoas de fora de Mato Grosso do Sul. Atualmente, a infraestrutura de logística, a nova acessibilidade para o transporte público, hospitais e bancos, próximos das residências, entre outras opções, acabam apresentando uma comodidade e maior procura pela região.

Morando há 41 anos na Cidade Morena, a síndica de um prédio localizado na Rua Doutor Arthur Jorge, Janeth Maria Barrão, de 81 anos, acredita que as empresas instaladas em volta ajudam no cenário.

“O Centro tem acesso a diversas coisas, às empresas que estão ao redor e que atualmente foram construídas. Tudo impacta para o mercado de imóveis.”

O responsável pela manutenção de um prédio localizado na Rua Antônio Maria Coelho, Paulo Sérgio, reconhece que as mudanças foram inúmeras nos dez anos em que trabalha na região.

O levantamento também mostra que Campo Grande teve o menor valor médio do metro quadrado, com R$ 4.906/m². Em seguida está João Pessoa (R$ 5.316/m²), Salvador (R$ 5.613/ m²), Manaus (R$ 5.696m²) e Goiânia (R$ 5.775/m²).

Outras regiões

Na região do Prosa, o metro quadrado está a R$ 6.575, e nos últimos 12 meses teve aumento de 10,8%; Bandeira com R$ 4.017/m² e variação de 11,4% no período; Segredo R$ 3.997/m² (+5,7%); Lagoa com R$ 3.442 /m² (+3,4%); Anhanduizinho R$ 2.863/m² (6,0%) e Imbirussu R$ 2.750/ m² (+11,1%).

[Texto: Por Marina Romualdo, Jornal O Estado de MS]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *