Os Estados Unidos mantêm 100 mil menores em custódias relacionadas à imigração e viola convenções internacionais, afirmou Manfred Nowak, professor de Direito Internacional da Universidade de Viena na Áustria, em um estudo das Nações Unidas divulgado na última semana.
O país detém uma média de 60 a cada 100 mil crianças por razões migratórias ou outras questões. Essa é a taxa mais alta do mundo, de acordo com o especialista. Os EUA respondem por quase 1/3 do número total de 330 mil crianças detidas por questões de migração em todo o mundo.
Nowark afirma que as autoridades norte-americanas não responderam ao questionário enviado a todos os países e não esboçaram reação imediata ao estudo.
As crianças só devem ser detidas como uma medida de último recurso e pelo tempo mais curto possível, de acordo com o Estudo Global sobre Crianças Privadas de Liberdade, das Nações Unidas. Entre os detidos no país encontram-se menores desacompanhados, aqueles detidos junto com suas famílias e os que foram separados de seus familiares.
Pelo menos 29 mil crianças, principalmente ligadas aos combatentes do Estado Islâmico, estão detidas no norte da Síria e no Iraque. “Mesmo que algumas dessas crianças tenham atuado como crianças-soldado, elas deveriam ser tratadas principalmente como vítimas, e não como criminosas, para que pudessem ser reabilitadas e reintegradas à sociedade”, defende Nowak. (João Fernandes com Poder 360)