Alcançando participação em mais um festival – como comentado com o caderno de Artes&Lazer em edição do dia 10 de julho – o filme “Vampiros”, do ator, diretor e roteirista, Filipi Silveira, tem exibição hoje na mostra “Noturna” da 9° edição do Festival Internacional de Cinema em Balneário Camboriú.
Até o dia 1° de dezembro, o evento que começou em 20 de novembro, continua as exibições de trabalhos de mais de 45 países, sendo que após realização dessa primeira etapa, o festival segue de maneira itinerante até o dia 30 de julho de 2020.
De acordo com o fundador e diretor do festival, André Gevaerd: “a cada ano se torna em um festival mais completo, sem se esquecer jamais de dar visibilidade a cada filme selecionado. Foram muitos os encontros entre o público e profissionais e entre profissionais de diferentes países que possibilitaram a consolidação de novas coproduções”.
Entre as mostras e festivais por quais “Vampiros” já percorreu, destacam-se o 16º Festival Internacional Piriápolis de Película (Uruguai); Filmes Daqui; Brazil CineFest; Cine Matilha; 15 º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema; 3º Festival Internacional de Cinema Independente – FESTICINI; 1º Fest Cine Pedra Azul; 19º Festival de Inverno de Bonito; Festival Cine Novo Oeste e do 12º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões.
“Filmamos ele em 2015 mas não ficou do jeito que eu queria. Fui esperando até chegar no momento e aí eu consegui a finalização com o edital do FMIC e aí o filme ficou com a força que eu queria”, explica Filipi sobre a obra que é uma produção conjunta entre a Cerrado’s Filmes, Filmadelas, Fundo da Vila Films e Zion Filmes.
Na obra são abordados – transitanto entre diversos gêneros – a solidão, depressão, relações liquidas e amizade, contando no enredo sobre Iris Kuzicz, uma famosa e rica DJ e Marcos, um humilde trabalhador noturno que gosta de pintar. Frequentando o mesmo universos das baladas são de mundo diferentes, mas juntos percebem que, justamente a solidão os une.
“Não tem nenhum monstro ou criatura, é uma maneira poética de falar sobre as relações humanas de personagens que trocam o dia pela noite e a solidão de cada um deles. Eu costumo dizer que está todo mundo tão desapegado, que quem quer se apegar acaba ficando sozinho, e foi isso que eu busquei retratar no filme”, explicou Filipi ao caderno.
Para Filipi, a ideia de “Vampiros” surgiu de maneira espontânea, de uma vivência particular, onde ele passou por uma desilusão. “Eu conheci uma garota que que me chamou atenção por ela ser uma pessoa simples e sofri uma decepção quando marcamos de nos encontrar em uma balada aqui de Campo Grande.
Quando cheguei lá ela estava com uma personalidade totalmente diferente, naquele local ela era outra pessoa. Achei a situação inusitada e triste ao mesmo tempo. fiquei sentado na balada e aproveitei para observar as pessoas e também lembrando de quando era mais jovem e frequentava um antigo Club de música eletrônica que tinha em Campo Grande, no caso a D-edge. Refletindo sobre o que aconteceu, saí de lá e no outro dia escrevi o roteiro”, conta o ator e cineasta.
(Texto: Leo Ribeiro)