Em uma quarta-feira, dia 21 de novembro de 1990 quando era lançado o Super Nintendo Entertainment System (SNES), que vinha acompanhado pelo game Super Mario World. O Console teve uma venda de mais de 50 milhões de unidades no mundo, o jogo não ficou atrás e foi um também um sucesso monstruoso, considerado o mais vendido da plataforma, com 20 milhões de cópias ao redor do planeta. Como em jogos anteriores da série, que existiam desde 1986, o roteiro envolve Mario e seu irmão Luigi que atravessam terras distintas numa jornada para resgatar a Princesa Peach, que foi capturada por Bowser. Os dois irmãos devem viajar por 7 regiões para também restaurar a ordem na terra dos dinossauros.
No Brasil o SNES chegou três anos depois, mais precisamente no Natal de 1993. O Super Mario World tinha recursos inovadores para época. Os efeitos Mode 7 e o salvamento do progresso do jogo graças a uma bateria interna, eram a febre do momento. Sua plataforma com gráficos e jogabilidade 2D também foram destaques Não havia jogo mais perfeito para ser lançado junto com o Super Nintendo no Brasil. Super Mario World, além de uma obra brilhante, é um jogo extenso se comparado a outros concorrentes da época. Os games que acompanham o Mega Drive, poderiam ser terminados em poucas horas. Enquanto Super Mario World literalmente levava os jogadores da época para outro mundo, oferecendo 96 fases que podiam ser concluídas em vários caminhos possíveis. Outro diferencial era a quantidade de power-ups e suas variações que surgiam quando o Mario estava no Yoshi. Havia também Yoshis de outras cores com habilidades diferentes.
Me lembro bem quando joguei Super Mario World pela primeira vez na casa de um amigo. Era um grande barato ficar horas jogando, sabendo que o jogo poderia ser salvo e continuar a hora que quisesse. Sem contar a trilha sonora que era lecal pacas. Época boa em que a turma se acotovelava na sala para jogar na casa dos amigos, que tinha grana para comprar o super Nintendo e brigavam para ver quem seria o próximo a entrar naquele novo mundo que esse game descortinava. Era pura nostalgia. Existem muitas curiosidades a respeito deste personagem que ganhou o mundo. Aqui vão algumas delas. No começo, Mario era um vilão. Em 1982, no jogo Donkey Kong Jr, o italiano serve de antagonista na história. Em um determinado momento, ele inclusive chega a enjaular o personagem principal. Sua profissão era carpinteiro nos primeiros games da franquia. Virou encanador apenas quando o personagem se tornou uma marca. A música dos games foi criada por Koji Kondo. Além de marcar o personagem, ela ainda é referenciada como um ícone da game music e também na cultura pop.
Mario foi replicado em mais de 200 games. Ele foi o primeiro personagem de videogame a estrelar um filme, o sofrível “Super Mario Bros”, de 1993. Os cogumelos que fazem o encanador crescer não foram colocados no jogo à toa. Eles são inspirados no Amanita muscaria, um cogumelo alucinógeno que faz a pessoa ter a sensação de que está crescendo. E o nome do irmão do Mario não é à toa. Em japonês, Luigi é pronunciado como (ruiji), que significa parecido. A DIC Entertainment produziu uma série de desenhos animados Super Mario World baseado no jogo, que consiste em treze episódios e foi exibido pela NBC a partir de setembro a dezembro de 1991.
Passados todos esses anos Super Mario World ainda é encontrado em vários consoles e ainda faz a cabeça de muitos fãs de games. Mario é um dos personagens mais queridos pela galera da cultura pop, e nos encontros destinados a cultura nerd é figurinha fácil nos cosplays do pessoal que presta tributo ao encanador mais querido do mundo.
(Texto: Marcelo Rezende)