Cesta básica vendida na Capital tem queda pelo segundo mês seguido

Foto: Valentin Manieri
Foto: Valentin Manieri

Conforme o Dieese, a retração é de 0,49%

Por Taynara Menezes

O custo médio da cesta básica na Capital encerrou o mês de junho em queda de 0,49%. Com isso, passou a custar R$ 702,65 para o consumidor. Os dados foram divulgados, ontem (6), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).  Já para uma família, composta por quatro pessoas, o preço é de R$ 2.107,95.

A compra do conjunto de alimentos tem comprometido 62,68% da renda do campo- -grandense. Para isso, a jornada de trabalho necessária é de 127 horas e 32 minutos.

“Ainda é discreta essa redução, os patamares continuam elevados, o que contribuiu com a queda foi a retração no preço do tomate e da batata, eles tiveram retrações há dois meses consecutivos bem substancial e isso fez com que a cesta baixasse novamente”, argumenta a economista do Dieese, Andreia Ferreira.

No acumulado de 12 meses, todas as capitais mostraram índices positivos. Campo Grande apresentou acúmulo de 23,97%. Já no ano, de janeiro a junho, o total de aumento é de 9,55%.

Ainda conforme o Dieese, das 17 capitais pesquisadas, Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%) apresentaram as maiores reduções de preços das cestas básicas. Em contrapartida, a Capital sul-mato-grossense superou Goiânia (-0,8%) e São Paulo (-0,12%).

Produtos

A economista do Departamento caracteriza a mudança como um breve alívio, já que, enquanto uns têm redução, outros tiveram aumento, que é o caso do leite. “Infelizmente ainda não é um ponto de esperança, porque outros fatores tem contribuído para que o custo de vida do geral fique caro, então, as pessoas estão tendo cada vez mais dificuldades. Agora, elas tiveram um alívio na batata e no tomate, mas a carne continua no patamar elevado, o leite não tem nenhuma perspectiva de que os preços possam baixar”, explica.

A batata e o tomate foram os principais responsáveis pela queda: pelo segundo mês os produtos ficaram mais baratos, com retração de 16,60% e 17,47%, respectivamente. O preço médio de um quilo do tubérculo passou de R$ 5,37 para R$ 4,80, e o do fruto saiu de R$ 6,41 para R$ 5,29.

Seguido pelo óleo de soja, que reduziu em 2,91%, e o açúcar cristal em 2,87%, que completou um trimestre de retração. O arroz agulhinha caiu 2,52%. Na contramão, o leite de caixinha teve a terceira alta mais expressiva do país, em junho, sendo de 12,95%. O preço médio calculado para o litro é de R$ 6,28.

,28. O feijão carioquinha aumentou 8,19%; a manteiga (5,69%); a banana (3,44%); a farinha de trigo (2,11%); o pão francês (1,01%); e o café em pó (0,65%). A carne bovina foi o único item a não registrar variação de preço, no mês passado, permanecendo com o preço médio do quilo a R$ 40,48, igual ao mês de maio.

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