No Podcast Entrevistando desta segunda-feira (6), Rafael Belo conversou novamente com Cinthia Andrade para debater sobre como orientar os filhos. Durante o período da maternidade de Cinthia, ela revelou que tinha dificuldade de lidar com as birras da minha filha de 2 anos.

Em 2018, Cinthia buscou formas que a ensinasse a entender tudo que estava acontecendo, começou fazendo um curso de criatividade e comunicação não violenta, foi então que ela descobriu a disciplina positiva, dando a possibilidade de ser uma educadora parental.

“Eu saí do curso tão impactada que eu falava ‘gente esse negócio é para pais e mães, para quem se relaciona com crianças. Então terei que me auto educar ou se não nada vai funcionar”, conta.

Cinthia sentiu a necessidade de compartilhar nas redes sociais suas experiências com pais e mães que estavam passando pelo mesmo problema e fazer atendimentos, daí em diante ela não parou de se dedicar aos estudos sobre o assunto, até o momento foram feitos em média 60 cursos que abordam a educação com respeito com certificação.

“Não tinhamos essa informação anos atrás, o tempo mudou. Não precisamos mais ficar com aquela mentalidade de anos atrás sobre autoritarismo, rigidez e controle excessivo”.

A especialista explica que para ter uma noção do que a criança deseja, por ela não ter maturidade cerebral, ela vai se expressar corporalmente, como grito, choro, esperneio entre outros, essa é a principal forma de perceber o que pode estar acontecendo, mas na maioria das vezes os pais interpretam como mau comportamento, uma simples birra.

“Precisamos entender que todas as crianças, sem exceção, quando elas se comportam mal, elas estão desencorajadas, é preciso entender o porquê deste comportamento e não apenas resolver o problema de forma rápida”.

A fase dos 2 anos costuma ser um momento em que a criança mais se expressa, e Cinthia conta que esse período os pequeninos começam a exercer a individualidade e autonomia, “embora ela esteja limitada até fisicamente pela maturidade dela, ela quer, ela entende o poder do não, ela começa a entender que ela impacta as pessoas ao redor”.

Os pais têm o hábito de colocar a criança nos brinquedos mostrando a ela como funciona, mas a especialista aconselha a deixá-la agir sozinha e observar o comportamento de como a criança vai lidar e caso ela precise de ajuda haverá uma comunicação, “a criança vai modelando outras hipóteses, eles vão continuar explorando por muito tempo e a gente vai ter o papel de permitir a curiosidade e a criatividade deles“.

Um ponto que vale destacar é que os momentos de birra passam e é importante não ignorá-los, Cinthia conta que o sentimento permanece com a criança, ela não passa pelo processo de sentir e liberar, além do medo que pode causar nos pequenos, eles podem interpretar as ações dos pais de maneiras contrárias, então é necessário que o responsável para ajudá-la a lidar com todas as situações.

Fique atento as nossas plataformas que toda semana um tema sobre o assunto será comentado e mande suas dúvidas. Toda segunda será abordada para explicar diversas formas de agir sobre o questionamento no episódio do podcast Entrevistando.

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Texto: Amanda Gonzalez