Em comunicado divulgado ontem (16), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que investiga a primeira morte de hepatite aguda misteriosa em Campo Grande, a vítima era uma criança de um ano. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença é severa e não tem contato direto com os outros vírus da hepatite, por isso os exames dão resultado negativo.
Em Mato Grosso do Sul, outros quatro casos suspeitos são monitorados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). Entre eles, estão dois adolescentes de Campo Grande de 10 e 14 anos, um de Ponta Porã de 16 anos e outro residente de Dourados.
Conforme a Secretaria de Saúde, a primeira possível vítima de hepatite misteriosa estava internada na Capital e as amostras que devem comprovar ou descartar a doença seguem em análise.
“O paciente, do sexo masculino, 1 ano, residente de Dourados, estava internado na Cassems da Capital e evoluiu a óbito em 8/5. Os demais encontram-se em observação e o quadro de saúde é estável”, destaca a nota divulgada pela Sesau.
Como a doença ainda é desconhecida, a Secretaria emitiu no dia 12 de maio uma Comunicação de Risco – Hepatite Aguda Grave de Etiologia Desconhecida, e realizou uma webconferência com os 79 municípios do Estado sobre os eventuais casos prováveis.
“A SES esclarece que o Cievs Estadual vem acompanhado e está seguindo as orientações do Ministério da Saúde e do Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Nacional) e que a cada nova orientação é transmitida para os municípios”, destaca a nota divulgada.
Coordenadora do Cievs/SES de Mato Grosso do Sul, Karine Barbosa explica que um dos principais sintomas da hepatite misteriosa é a icterícia, ou seja, a coloração amarelada da pele e dos olhos. Ela ressalta que a doença que não possui nenhum vínculo e a vacina contra COVID-19
“Essa síndrome é caracterizada por hepatite aguda com enzimas hepáticas acentuadamente elevadas, acompanhados ou não de sintomas gástricos intestinais como vômito, diarreia e febre, mas o mais característico é a icterícia”, disse.
Karine Barbosa destaca que a causa da doença ainda está em investigação, mas entre as hipóteses está a correlação com outros vírus respiratórios como o Adenovírus.
Sintomas:
Entre os principais sintomas da doença estão a mialgia, náusea, vômito, letargia, fadiga, febre, dor abdominal, diarreia e icterícia. Nos casos graves podem ocorrer insuficiência hepática aguda com encefalopatia. Já os sinais e sintomas de hepatite fulminante são: insuficiência hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de até oito semanas.
A fisiopatologia está relacionada à degeneração e à necrose maciça dos hepatócitos. O quadro neurológico progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial.
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Com informações da repórter Michelly Perez.
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