Músicos se despedem de Elinho do Bandoneon

Foto: Revista Poranduba
Foto: Revista Poranduba

O Mato Grosso do Sul se despede do músico autodidata,  Elinho do Bandoneon, 85 anos, que faleceu na última terça-feira (10), após sofrer um agravamento em sua situação de saúde que já estava debilitada por ele estar acamado em uma casa de repouso da capital. Amigos  como o músico e violonista Mauricio Brito, lamentou a perda do amigo.

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Brito falou sobre o grande artista que Elinho foi e ressaltou que o “mito”  foi o percussor aqui no MS do chamamé de Corrientes, o verdadeiro. “Lamento a partida deste amigo e excepcional músico do nosso MS. Fará falta no cenário do verdadeiro chamamé. Ele foi um dos primeiros a trazer o chamamé de Corrientes para a nossa cultura. Pessoa humilde e muito gente boa”, homenageou Mauricio.

 

Os passos na música começaram nos anos 60, mas, a partir da década de 90, passou a se dedicar ao bandoneon. Seguiu para Corrientes, na Argentina, onde encontrou os melhores instrumentistas do chamamé, aprimorando a técnica, o que o levou a ensinar no Mato Grosso do Sul.

Bandoneonistas como Humberto Yuli, Davi Junior, Talisson dentre outros músicos foram alunos deste mestre que com rapidez nos dedos embalou muitos casais.

Elinho era considerado uma lenda do chamamé, e foi citado como um dos músicos responsáveis pela história do gênero musical no Estado. O Senado aprovou por unanimidade o título de Capital Nacional do Chamamé para Campo Grande.

O senador Nelsinho Trad (PSD) relatou o (PL) nº 4.528, de 2019, de autoria do deputado Fábio Trad, que propôs o reconhecimento e teve, antecipadamente, a aprovação na Câmara Federal no fim do ano passado.

A lenda do bandoneon deixou 10 filhos, netos e bisnetos presentes no enterro que aconteceu no fim da manhã desta quarta-feira (11),  no Cemitério das Palmeiras, na Capital.

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