Visando reprimir e prevenir furtos em Campo Grande, especialmente de cabos, fios de cobre e hidrômetros, 167 policiais e 39 viaturas da Polícia Civil e da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul realizaram hoje (5), a Operação Vastum, ocasião que as autoridades apreenderam quase 900 quilos de fios e cabos de rede de cobre e alumínio.
Ao todo, foram conduzidas para as delegacias de Campo Grande 12 pessoas flagradas com cobre sem origem, que acabaram autuadas e irão responder por receptação. Além disso, ainda foram realizadas três prisões em flagrante e cumpridos dois mandados de prisões.
Foram vistoriados 57 locais, entre estabelecimentos comerciais de compra e venda de recicláveis e residências do Centro da Capital e das regiões do Segredo, Bandeira, Anhanduizinho, Imbirussu e Lagoa.
Durante entrevista coletiva para divulgação de balanço da ação, o delegado Wellington de Oliveira, diretor do Departamento de Polícia da Capital, a Operação Vastum deflagrada hoje tem caráter educativo, preventivo e repressivo.
“A nossa intenção é primeiramente identificar quem é que recebe, ou seja, o intermediário que compra cobre desses autores de furtos e assim chegar nas grandes empresas que estão adquirindo esses produtos sem as devidas cautelas, para que sejam responsabilizados por isso”, garante o delegado Edilson dos Santos, diretor do Departamento de Polícia Especializada, da Polícia Civil.
Metal valorizado
Atualmente o quilo do cobre pode ser comprado por valores que variam entre R$ 35 e R$ 41, o que tem fomentado a prática de furtos, principalmente por parte de pessoas em situação de rua e usuários de drogas, de acordo com o coronel André Henrique Macedo, comandante do Comando de Policiamento Metropolitano, da Polícia Militar.
“Embora esse tipo de crime inicie de uma forma simples, com pessoas vulneráveis socialmente, há também uma cadeia complexa, onde entram os primeiros receptadores e os empresários finais que compram esses metais. Com essa operação a ideia é minimizar esses problemas que a população vem enfrentando não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil, em razão justamente aos valores dos metais que aumentaram”, diz.