Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os agentes brasileiros estão atentos com o início da semeadura do trigo, e nos sinais de que as áreas do cereal na Argentina deve haver certa redução.
O país vizinho é o maior fornecedor de trigo do Brasil, e essa possibilidade de menor produção, junto ao conflito entre Rússia e Ucrânia que são importantes players mundiais, deixa os agentes brasileiros atentos.
No norte do Paraná, de acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), a semeadura ainda está abaixo de 1% da área esperada para o ano no estado, que é de 1,22 milhões de hectares. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o cultivo deve ser iniciado em maio, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático.
Segundo informações da Bolsa de Cereales, na Argentina a área do trigo pode somar 6,5 milhões de hectares na safra 2022/2023, uma redução de 200 mil hectares em comparação com a safra anterior. Os motivos da redução estão ligados ao aumento dos custos de produção, às políticas internas do país e à melhora na margem da cevada.