Por Redação [Jornal O Estado]
Um general russo afirmou ontem (22), pela primeira vez, que Moscou quer tomar todo o sul e o leste da Ucrânia, objetivos de guerra muito mais amplos do que havia reconhecido anteriormente. Rustam Minnekaiev, vice-comandante do distrito militar central da Rússia, foi citado por agências de notícias estatais dizendo que Moscou pretende tomar toda a região do Donbass (leste), conectá-la com a península da Crimeia e capturar inteiramente o sul da Ucrânia, até a fronteira com a Moldávia. Isso significaria avançar centenas de quilômetros além das linhas atuais, passando pelas grandes cidades de Mikolaiv e Odessa.
A Ucrânia reagiu diante da novidade, afirmando que esses comentários desmentem as afirmações anteriores da Rússia de que não tem ambições territoriais.
“Eles pararam de esconder”, declarou o Ministério da Defesa da Ucrânia no Twitter. Segundo o texto, a Rússia “reconheceu que o objetivo da ‘segunda fase’ da guerra não é uma vitória sobre os míticos nazistas, mas simplesmente a ocupação do leste e do sul da Ucrânia. O imperialismo como ele é”.
Kiev disse que as forças russas aumentaram os ataques no leste e estão tentando montar uma ofensiva na região de Kharkiv. A artilharia russa atingiu o principal mercado dessa cidade no norte do Donbass. Os serviços de ambulância disseram que houve vítimas, mas ainda não há detalhes disponíveis. Um salão de casamentos e um prédio residencial também foram atingidos.
Em Genebra, o escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse que há evidências crescentes de crimesnorte do Donbass. Os serviços de ambulância disseram que houve vítimas, mas ainda não há detalhes disponíveis. Um salão de casamentos e um prédio residencial também foram atingidos. Em Genebra, o escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse que há evidências crescentes de crimes de guerra russos na Ucrânia, incluindo bombardeios indiscriminados e execuções sumárias. Além disso, informou que a Ucrânia também parece ter usado armas com efeitos indiscriminados.
A Rússia ainda nega atacar civis e diz, sem provas, que os sinais das atrocidades cometidas por seus soldados foram falsificados.