Santa Casa adere movimento “Chega de Silêncio” e como forma de protesto reagenda procedimentos eletivos

Campanha Chega de Silêncio
Reprodução Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande está participando do movimento “Chega de Silêncio”, que é uma campanha nacional que visa a sobrevivência do setor filantrópico. Amanhã (19), as Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o país farão o reagendamento de procedimentos eletivos, como forma de protesto por conta do cenário preocupante que acomete a instância.

O ato simbólico foi organizado pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, para chamar a atenção dos três poderes nas esferas municipais, estaduais, federal e, também, da população brasileira sobre os problemas causados pelo endividamento e pelo subfinanciamento do SUS (Sistema Único de Saúde). A situação, que culminou no fechamento de 315 hospitais filantrópicos nos últimos seis anos, se agravou ainda mais com a pandemia.

De acordo com a CMB, a dívida do setor já passou de R$ 20 bilhões e o aporte de R$ 2 bilhões emergenciais que foi anunciado pelo governo federal, em maio de 2021, até o momento, não se efetivou. A preocupação em manter o trabalho tem, agora, outro alerta. Tramita na Câmara Federal, com votação prevista para os próximos dias, o projeto de lei 2564/20, originário e aprovado no Senado, e que institui o piso salarial da enfermagem.

Porém, o impacto dessa proposta para os hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS é estimado em R$ 6,3 bilhões, e o problema é que, no texto, não é indicada nenhuma alternativa de financiamento, o que traz o sentimento de desespero ao setor em como arcar com os custos se o projeto de lei for aprovado. Vale ressaltar que a Santa Casa de Campo Grande, como as outras instituições, não é contrária ao projeto, pois o hospital valoriza todos os profissionais de saúde e soma esforços para remunerações mais justas.

A questão é que a nossa realidade torna o cumprimento desse projeto insustentável e pode causar a falência dessas instituições pelo Brasil, incluindo o nosso hospital, que atende todo Mato Grosso do Sul e a região centro-oeste do país”, ressalta o presidente da Santa Casa de Campo Grande, Heitor Rodrigues Freire. Lembrando que, além deste projeto de lei, existem outros 53 em tramitação referentes ao piso salarial de profissionais do setor de saúde, com evidentes preocupações sequenciais nesta mesma linha.

Com informações da Santa Casa de Campo Grande

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