Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o custo de produção de animais como aves e suínos apresenta altas entre 8,84% e 9,13% neste ano. Esse aumento está ligado a alta do milho e soja, grãos que são usados para alimentar os animais, e chegam a 70% dos gastos para produção.
A guerra na Ucrânia provocou alta no preço dos grãos, mas a safra de verão que sofreu com a falta de chuva na região sul do país também foi um grande fator para a diminuição de oferta desses insumos no mercado interno.
Na questão dos suínos, a grande oferta da carne está gerando competitividade no mercado, mas a demanda diminuiu, o que dificulta o repasse e a diluição de custos. Segundo a ABCS (Associação Brasileira de Criadores Suínos), em 2021 o suinocultor já apresentava prejuízos,e em 2022 a situação piorou, contabilizando perda de quase R$3,00 por quilograma vendido em certas regiões. O custo também aumentou em 76%, e a venda caiu 26%, se comparado com 2021.
Fertilizantes
Outro fator que está assombrando o setor agrícola, é a dificuldade em obter fertilizantes, ao passo de que o Brasil importa cerca de 28% desses produtos, de países como Rússia e Belarus, envolvidos no conflito europeu. Essa dependência externa pode resultar em redução de investimentos e perda de competitividade no mercado externo.