Agentes da Flexpark desaparecem das ruas um dia antes do encerramento do contrato

Fotos: Nilson Figueiredo
Fotos: Nilson Figueiredo

[Por Camila Farias – Jornal O Estado MS]

Retirada do pagamento divide opiniões entre a população na região central

Após a prefeitura de Campo Grande não renovar o contrato com a Flexpark, empresa que desde 2012 é responsável pelo estacionamento rotativo da Capital, fiscais da empresa já não são mais vistos em campo. Os agentes que cumprem aviso prévio, podem ser recontratados caso a nova empresa vencedora da licitação assim decida.

A equipe de reportagem, percorreu na tarde de ontem (21), a Rua Treze de Maio, Barão do Rio Branco, Avenida Calógeras, Avenida Afonso Pena e Dom Aquino e não localizou nenhum agente da empresa.

Segundo informações da Flexpark, até o final do mês todos os agentes serão dispensados, mas atualmente, menos de 50% da equipe está mantida, embora as demissões continuem acontecendo.

A reportagem do jornal O Estado percorreu as ruas de Campo Grande e confirmou que diversos aparelhos de parquímetro já estavam desativados mesmo antes do último dia de contrato e que já não era mais possível encontrar os agentes trabalhando.

Questionada, a Flexpark afirmou que, por conta das obras que estão acontecendo na cidade, algumas unidades foram desativadas e até mesmo retiradas do local, mas eles reiteram que o desligamento definitivo dos aparelhos acontece hoje (22) e a partir de então não será mais necessário realizar o nenhum pagamento para estacionar na cidade.

A equipe do jornal O Estado conversou com algumas pessoas que costumam transitar de carro pelo centro da cidade e utilizavam os serviços de parquímetro para saber qual a expectativa dessa mudança.

O policial militar, Moisés Samaniego, declara que a falta do parquímetro pode causar muitos prejuízos para a população. “Isso aqui vai virar um transtorno, pois já está difícil transitar no centro, sem a fiscalização então…”, afirma.

Além disso, Juciele Teixeira, que trabalha em um salão de beleza na Dom Aquino, diz estar preocupada com a situação, por achar que as ruas ficarão tomadas por usuários de drogas se passando por “flanelinhas” e cobrando para cuidar os carros.

“Eu acho que o centro vai ficar uma bagunça, porque quando você paga, você tem direito de estacionar o carro com cuidado, e, se tirar isso, vão começar a vir aquelas flanelinhas cobrando para cuidar os carros e isso pode ser perigoso para todo o comércio”, explica Juciele.

Por outro lado, o bancário José Mauro afirma que entende a necessidade de uma reformulação na prestação do serviço, mas que será necessário um cuidado maior pois os veículos ficam expostos e sem cuidado, mesmo com o pagamento da taxa no aparelho.

Outra questão apontada por José é que “A partir do momento que não for necessário o pagamento, todos os funcionários de lojas e empresas poderão estacionar livremente e quem necessita acessar o centro ficará sem opção”, disse.

Como ficam os meus créditos

Outra preocupação da população, é saber para onde vão os créditos restantes no aplicativo do Flexpark após a desativação do serviço. Sobre isso a empresa afirmou que os créditos ficarão congelados para serem utilizados posteriormente pelos usuários, independente da empresa que esteja à frente do serviço.

A Prefeitura de Campo Grande informou que, para a escolha da nova empresa, será realizada uma licitação que ainda não tem data definida, mas só a partir daí haverá um novo direcionamento para essa questão.

De olho em manter as atividades em Campo Grande, a Flexpark confirmou que também participará da licitação da prefeitura e, caso seja escolhida, os prestadores de serviço serão recontratados para continuar realizando o trabalho.

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