O paulista Renato Gallego, 47, atravessou o Oceano Atlântico para aprimorar e compartilhar suas técnicas de Squash. O treinador passou três dias em Cairo, capital do Egito, para sua quarta participação no WSF Coaching Conference (sigla para Conferência Internacional de Treinadores). O evento reuniu profissionais de todo o mundo entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro.
Gallego foi o único representante do continente americano às margens do Rio Nilo. Em suas palestras, abordou a movimentação em quadra e apresentou seus programas de treinamento, que podem ser utilizados em qualquer lugar do mundo. “Foi superválido, porque consegui mostrar para treinadores do mundo todo como esse trabalho é feito no nosso continente” diz em entrevista ao Jornal O Estado.
Para ele, palestrar no “país do squash” é um case de sucesso, já que a prática não é tão comum no Brasil. Paralelo ao evento, o Mundial Feminino da categoria e o Torneio Profissional Masculino de $185 mil (corresponde à R$738 mil) levaram melhores jogadores do mundo para a estrutura montada em frente às pirâmides de Gizá. “Foi um evento maravilhoso e superbadalado. É o mais importante do mundo”, fala o coach.
Gallego aproveitou a oportunidade para aumentar sua bagagem em uma troca de ideais com os participantes. “Foi muito bacana para mim, pois os vi em atividade, conversei com seus treinadores, troquei informação, aprendi e compartilhei conhecimento com eles. São coisas que agrego nos meus programas, pois eles são ajustados para ficarem cada vez melhor. Os atletas usufruem disso”, comenta.
Empresário investe na modalidade no Brasil e vai além das fronteiras
O paulista trabalha com a modalidade há 27 anos e há dez fundou o projeto “Treinamento Elite”, que ultrapassou fronteiras e hoje atende dez cidades brasileiras, incluindo Campo Grande. A academia contemplada é a Play Squash, localizada na região leste da Capital. “O Squash vem se desenvolvendo bastante na região. É possível desenvolver todo o Estado a partir de um programa onde o conhecimento é compartilhado com os outros jogadores”, fala o coach.
Fora do país, ele oferece o curso de Gestão e Capacitação de Treinadores, disponíveis em países como Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Guatemala, onde desempenha o papel de Head Coach da seleção profissional. Entre seus títulos está o ouro no Sul-Americano e o quinto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Além disso, é um dos seis tutores nível 3 da WSF (sigla para Federação Internacional de Squash).
Com isso, ele alcança hoje pelo menos 700 alunos de vários lugares do mundo. Ele é responsável também pelo Clube Atlético Ipiranga (São Paulo) e pelo 1 de Maio Futebol Clube (Santo André). Seu próximo projeto é a Renato Gallego Squash Academy, prevista para ser inaugurada em janeiro de 2020. “É um conceito moderno. Será uma das mais profissionais em questão de programa de treinamento e capacitação de treinadores”, afirma.
(Texto:Danielle Mugarte)
*Matéria republicada às 10h desta quarta-feira (6)