A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) divulgou hoje (18) dados que mostram alta nas apreensões de cocaína em 616% nos dois primeiros meses do ano em Mato Grosso do Sul.
No primeiro bimestre do ano passado as forças de segurança tiraram de circulação, no Estado, pouco mais de 128 quilos de cocaína, contra os 918,7 quilos interceptados pelas forças estaduais de segurança em janeiro e fevereiro deste ano.
Somando a este total, as apreensões realizadas até o dia 14 de março, o aumento é de 1.114% no comparativo com o mesmo período de 2021, ultrapassando 2,1 toneladas de cocaína apreendidas em Mato Grosso do Sul este ano.
O coronel Wagner Ferreira da Silva, diretor do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras), acredita que a instalação de radares na fronteira com o Paraguai e a Bolívia, contribuíram para esse aumento nas apreensões de cocaína.
“O que a gente tem percebido aqui na região de fronteira, é que houve uma mudança de estratégia e rotas por parte do crime organizado, por conta da instalação dos radares na fronteira com o Paraguai, em Porto Murtinho e Ponta Porã, e com a Bolívia em Corumbá”, afirma.
Com os traficantes enfrentando dificuldades para colocar cocaína em solo brasileiro, via região do Pantanal, segundo o coronel Wagner, a cocaína entra primeiro no Paraguai por via aérea e na sequência é transportada por terra para o Brasil.
“Essa entrada acontece mais pela região do Paraguai e, com isso, houve um aumento nas apreensões de cocaína, principalmente aqui na região sul de Mato Grosso do Sul”, assegura.
Outras drogas
De 1º de janeiro a 14 de março deste ano, as forças de segurança estaduais também apreenderam em Mato Grosso do Sul 75 toneladas de maconha, 1,4 tonelada de pasta base de cocaína, 535,4 quilos de skunk e 28,7 quilos de crack, totalizando mais de 79,1 toneladas de drogas.