Eloisa Rodrigues de Oliveira, 36, morreu ontem (17) depois de levar quatro facadas do marido na noite de quarta-feira (16), no bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande. A mulher chegou a ser levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos no hospital.
A vítima deixa três filho, uma criança de 1 anos e 2 meses consumada durante o relacionamento com o suspeito. Com ela, soma-se outros 11 casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul. A DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) investiga o caso.
De acordo com a delegada da DEAM, Eliane Benicasa, a história do relacionamento começou em meados de setembro de 2019. Após três meses de convívio com o suspeito, Eloisa registrou o primeiro boletim de ocorrência, solicitando medida protetiva no dia 7 de novembro de 2019, alegando agressão, ameaças e injúrias.
“A situação permaneceu. Eloisa retornou na delegacia mais duas vezes com ocorrências de ameaça e ratificando a medida protetiva. Dias depois, a vítima registra a quarta ocorrência, dessa vez, de perturbação de tranquilidade,” esclarece Eliane.
Até então, a medida protetiva foi concedida e, dois dias depois do último boletim de ocorrência, o suspeito foi preso em flagrante por ameaça. Ele ficou sob monitoramento eletrônico por cerca de cinco a seis meses, segundo a delegada.
No dia 3 de março de 2022, ela volta até a delegacia para registrar o quinto boletim de ocorrência com relatos de lesão corporal, ameaça, injúria e maus tratos. Nesse boletim, ela menciona que havia retornado a conviver com o suposto autor.
Noite do crime
Segundo boletim de ocorrência, na noite do crime os vizinhos escutaram os gritos por socorro da vítima e, ao se aproximarem da casa, encontraram a mulher do lado de fora toda ensaguentada. A polícia encontrou a vítima sentada em frente da casa e ao lado de uma vizinha que segurava um pano sobre os ferimentos.
Com informações do repórter Itamar Buzzatta