O sonho de representar o Estado no cenário nacional e competir contra os melhores judocas do País começa hoje (18) para a delegação paralímpica sul-mato-grossense. Os 17 integrantes da equipe embarcam nesta sexta para a cidade de São Paulo (SP), onde será disputado a primeira etapa do Grand Prix 2022.
O evento será realizado no Centro de Treinamento Paralímpico e reunirá 117 lutadores de todo o Brasil, sendo 81 homens e 36 mulheres. Destaque para as presenças ilustres de Alana Maldonado, medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, e Antônio Tenório, detentor de seis medalhas paralímpicas, entre os competidores. Os confrontos começam neste sábado (19), a partir das 9h.
Por Mato Grosso do Sul estarão competindo judocas do Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas) e da AJCS (Associação de Judô Caminho Suave), espaços de treinamento sediados em Campo Grande. A novidade para eles e os demais é que este será o primeiro torneio seguindo novas regras, estabelecidas pela Federação Internacional dos Desportos para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) desde o início do ano.
A primeira diferença é com relação às categorias de peso: as setes divisões antigas foram substituídas por quatro novas, tanto nas masculinas quanto nas femininas. E a segunda alteração vem ao encontro de uma reivindicação antiga dos atletas, ao priorizar as classificações oftalmológicas em vez do peso. Antes, atletas totalmente cegos (classe B1) podiam enfrentar oponentes que têm percepção de vulto na visão (classe B2) e definição de imagem (classe B3). Agora, cegos totais só podem lutar contra cegos totais na nova categoria J1, enquanto a categoria J2 reunirá os demais atletas.
Para Hellen Cordeiro, judoca de 19 anos que integra a delegação de MS, as mudanças foram positivas. “Gostei muito da nova classificação. Eu, como atleta com baixa visão, tenho vantagem lutando contra os atletas cegos”, disse. Ela afirma que treina ao menos seis vezes na semana, mas ainda sente um frio na barriga porque vai estrear na categoria até 57 kg. “Fico nervosa por nunca ter lutado neste peso, mas estou confiante e pensando coisas boas”.
Os paratletas de MS têm o apoio do Governo do Estado e também são assistidos pelo programa Bolsa Atleta, coordenado pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul).
Com informações da Fundesporte.