Caminhoneiros paraguaios fazem bloqueio em rodovia contra o aumento no preço dos combustíveis

Fonte: WhatsApp
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A alta no preço dos combustíveis não tem gerado revolta apenas nos caminhoneiros brasileiros. No Paraguai, trabalhadores da categoria organizam movimentos contra o governo e bloquearam uma das principais rodovias do país, a PYO5, na manhã de hoje. O trecho onde houve concentração de motoristas e veículos fica próximo à cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero.

Em entrevista à Radio Império, o caminhoneiro Juan Vargas explicou que as barricadas seriam intermitentes. Veículos de pequeno e grande porte terão passagem rápida liberada a cada três horas, com exceção de ambulâncias, que poderão transitar livremente.

As manifestações vistas nesta terça teriam sido articuladas ontem (14), com objetivo de chamar atenção do Governo Nacional. Caso não haja uma manifestação oficial das autoridades paraguaias sobre a situação, os caminhoneiros afiram que pretendem dirigir até a Residência Presidencial Mburuvicha Róga (Casa do Chefe, em guarani), na capital Assunção.

O reflexo dos protestos contra os preços de combustíveis considerados “abusivos” pôde ser visto também em Mato Grosso do Sul. As cidades de Ponta Porã e Pedro Juan estavam repletas de caminhões estacionados pelas ruas hoje cedo, como é possível ver em filmagens enviadas por leitores.

Vale ressaltar que a situação dos paraguaios ainda é bem melhor que a dos brasileiros tanto na questão do preço dos combustíveis em si quanto no impacto que abastecer os veículos tem na renda mensal. De acordo com dados da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero, o salário mínimo no país vizinho atualmente equivale a US$ 335, ou aproximadamente R$ 1.718,00. No Brasil, os trabalhadores têm recebido R$ 1.212,00, correspondentes a US$ 236.

Além de receberem mais em média, consumidores do Paraguai encontram combustíveis por preços mais acessíveis, com o litro da gasolina podendo ser encontrado a RS 5,96. Com a diferença de R$ 1 a menos, muitos caminhoneiros brasileiros, que ainda não tomaram uma posição sobre paralisações da categoria, têm aproveitado para encher o tanque do outro lado da fronteira.

Com informações da repórter Izabela Cavalcanti.

Leia mais no caderno de Economia do Jornal O Estado de MS.

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