Com os nomes gravados em Patrimônios Históricos, seis mulheres inspiraram a cultura campo-grandense

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Divulgação/Sectur

A Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo) relembrou a história de seis mulheres que inspiraram a cultura campo-grandense e receberam homenagens com seus nomes gravados em importantes prédios do Patrimônio Histórico da Capital.

O nome da Biblioteca Pública Municipal “Ana Luiza Prado Bastos” é em homenagem à professora Anna Luiza Prado Bastos, que nasceu em Cuiabá. Ocupou a cadeira 27, da Academia Mato-grossense de Letras – AML, em 1932, permanecendo nela por seis décadas. Em 1923, mudou-se para Campo Grande, onde, em 1935, fundou a Escola Primária Barão de Melgaço, contribuindo para o desenvolvimento da educação e da sociedade. Foi a única proprietária até o final da década de 1960 e homenageada em 19 de maio de 1995 pelo médico e beletrista Perí Alves Campos.

O nome do Memorial da Cultura Indígena “Cacique Enir Terena” é em homenagem a Enir da Silva Bezerra, que foi líder da etnia Terena e referência para a cultura indígena em Mato Grosso do Sul. Em meio a costumes e tradições de raízes masculinas, essa grande mulher tornou-se líder de seu povo, rompeu barreiras, firmou-se como empreendedora de ações transformadoras e deixou importante legado para a história.

O nome do Museu “Lídia Baís”, localizado na Morada dos Baís, é em homenagem a Lídia que morou no casarão da Avenida Afonso Pena, hoje Morada dos Baís, entre os anos de 1918 e 1938. Seus primeiros quadros foram pintados por volta do ano de 1915. Iniciou seus estudos em pintura com Henrique Bernardelli em 1926. Passou o ano seguinte em viagem pela Europa, permanecendo mais tempo em Berlim e Paris, onde recebeu influências do expressionismo e do surrealismo. De volta ao Brasil, em 1928, retoma seus estudos sob orientação de Henrique Bernardelli.

O nome do Armazém Cultural “Helena Meirelles” é em homenagem a Helena Meirelles foi uma compositora, cantora e violeira, nascida em 1924. Helena foi conhecida como a dama da viola de Mato Grosso do Sul que derrubou preconceitos e encantou o guitarrista Eric Clapton com o seu jeito de tocar. É considerada uma importante representante da música regional brasileira e sua história de vida é um precioso exemplo feminino de luta e libertação.

A Sala de Oficinas de Artes e Artesanatos “Lucila de Araújo Pereira”, localizada na Plataforma Cultural é em homenagem a Lucila de Araújo Pereira foi na Plataforma Cultural, antiga estação ferroviária, que Lucila encontrou seu lar profissional e artístico definitivo, onde pode desempenhar seu sonho em ser artista. Viveu arte, escreveu poesias, compôs canções, fez artesanato, pintou telas, e na técnica em mosaico encontrou a paixão que seria sua marca.

A “Comunidade Tia Eva” é em homenagem a Tia Eva que  foi uma mulher negra referência da comunidade que leva seu nome. Nasceu em Mineiros, Goiás. Foi escrava e logo após receber sua alforria, decidiu vir para Campos de Vacaria – atualmente conhecido como Campo Grande. Isso foi em 1905, quando veio com suas três filhas, com uma nova expectativa de vida. Sem demora, chegou em comitiva com outros negros à região da Mata do Segredo, próximo aos córregos Segredo e Cascudo onde estabeleceu uma comunidade quilombola.

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