A senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata a presidente, não se vê atrás de outros concorrentes da chamada 3ª via. Ela afirma que faz parte “de um conjunto de pré-candidatos que entende que o Brasil está cansado dessa polarização odiosa”.
Tebet disse em entrevista por videoconferência ao Poder360 nesta semana que a chance dela ser vice em alguma chapa é a mesma de qualquer outro nome de centro que também disputa a eleição. Afirmou também que esse momento de pré-campanha é para que os candidatos se apresentem ao país e viajem pelas regiões conhecer as demandas da população.
“A chance é igual a de todos os outros que participam hoje dessa frente democrática. Agora é hora de colocar a botina no pé, amarrar o cadarço do tênis, pegar o avião e conhecer as demandas do Brasil”, disse.
Questionada se são muitos nomes que compõe a 3ª via, a senadora diz que não vê essa via “poluída”. Segundo ela, hoje são apenas 4 nomes: o dela, o do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o do senador Alessandro Vieira (Cidadania) e o do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
“É o momento de cada um se colocar a disposição da sociedade e lá na frente, obviamente, porque os números estão aí, não é possível várias candidaturas, esses nomes vão convergir”, disse a pré-candidata.
Única mulher pré-candidata à presidência nas eleições de 2022, Tebet disse que entre outras coisas, a sua pré-candidatura representa a voz feminina, que não pode “ficar silenciosa” nesse momento de dor e de crise. De acordo com a senadora, hoje pouco mais da metade da população é composta por mulheres e elas precisam ser melhores representadas na política brasileira.
Agenda econômica
Recentemente, a senadora escolheu a economista Elena Landau, de perfil liberal para montar seu plano econômico. A senadora disse acreditar em uma agenda liberal, mas não na “agenda do posto Ipiranga [Paulo Guedes] do presidente da República que não entende o que é o liberalismo no Brasil“.
“A agenda liberal é um meio para ser alcançar um fim. O fim maior é o social. Então tudo aquilo que for feito na economia tem que ser com via de justiça social, diminuição da desigualdade“.
Tebet disse enxergar duas desigualdades no Brasil: a social e a regional. Para ela, por ter uma dimensão continental, o país tem muita diferença nos índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e o Sul e Sudeste, com níveis bem superiores.
2º turno entre Lula e Bolsonaro
A pré-candidata do MDB disse que descarta esse cenário. “Um 2º turno entre o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro terminaria em dezembro de 2026. Ela [a eleição] não se encerraria nesse ano. Nós continuaríamos com a polarização, seja quem fosse que ganhasse as eleições“.
De acordo com a senadora, ela está no projeto de levar o centro democrático para o 2º turno, e “quem quer que chegue lá” e ela diz esperar chegar lá, “conseguirá vencer as eleições de outubro“.
(Com PODER360)