O Campeonato Brasileiro Interclubes de Natação de Verão 2019, também conhecido como Troféu Júlio de Lamare, está próximo. O evento acontece semana que vem, entre os dias 4 e 8, no Clube Regatas Flamengo, com sede no Rio de Janeiro. Os atletas do Estado já se aquecem nas piscinas de seus respectivos clubes, para buscar ao menos uma medalha para Mato Grosso do Sul.
No feminino, a jovem Victória Borges Vilela, 17 anos, vai inscrita pelo Rádio Clube. Além dos 100 metros peito, prova que a consagrou atual campeã Centro-Oeste, ela se arriscará na mesma categoria, mas com o dobro de distância, e nos 50 metros livres, que também a fez subir no pódio regional.
Tudo isso após ficar os meses de maio e junho longe das raias. Seu técnico, Lucas Hentschke, conta que ela desenvolveu uma lesão crônica no ombro esquerdo chamada Slap, comum entre os atletas da modalidade. ”Isso não limita ela em nada, mas ela sente um desconforto quando faz treinos mais intensos”, fala.
Depois disso, o técnico decidiu diminuir a metragem nos treinos para evitar mais lesões. Ao contrário do que imaginava, isso a impulsou mais do que prejudicou. ”Antes ela nadava em torno de 6 mil, hoje ela está nadando 4 mil por treino. Ainda sim ela continua forte e veloz e conseguimos aperfeiçoar isso diminuindo essa metragem”, explica.
Ao todo foram 300 inscrições de 16 estados brasileiros. Lucas acredita que em, pelo menos, uma das provas, ela suba no pódio. ”Eu acredito que ela pegue eliminatória em todas as provas que vai nadar, a medalha é consequência do treino que ela vem fazendo. As duas categorias são o forte dela, mas elá está medalhando mais no peito”, ressalta.
Luis Henrique Ferreira, 17 anos, também tentará um lugar no pódio. O representante da AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil) está treinando para competir nos 100 metros peito, que também é seu forte. A diretora e técnica do clube, Caroline Ribeiro, está confiante. ”As chances dele de medalhar são grandes, ele está entre os oito melhores do Brasil na categoria”, diz.
Assim como Victória, ele é único inscrito pela entidade desportiva que representa. Caroline explica que a data da competição não favoreceu os atletas da categoria Júnior. “Eles estão terminando o segundo grau e a data caiu perto do Enem, então o atleta tem que escolher entre fica para estudar ou competir. Temos cinco nomes na categoria, mas só o Luis que tem a maior chance de medalha resolveu ir”, fala.
Para ela, isso afeta o estado emocional do atleta, que se depara com equipes grandes quando chega ao local das provas. ”Os atletas se sentem um pouco acuados, em um nível aquém dos demais, e isso afeta eles psicologicamente. Então temos que trabalhar mais a parte psicológica do que física do Luis”, finaliza.
(Texto: Danielle Mugarte)