Com senhas esgotadas, testagem para COVID-19 tem filas de mais de 5 horas na Capital

Teste COVID-19 Museu Dom Bosco
Foto: Itamar Buzzatta/O Estado Online

As festas de final de ano, as flexibilizações das medidas sanitárias e o surgimento da “flurona” (infecção simultânea do coronavírus e do vírus influenza no organismo) já trouxeram resultado “pesado” para 2022. De dezembro de 2021 para janeiro deste ano, o número de testes para a COVID-19 cresceu em quase 300% só em Campo Grande.

O número não é o oficial pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Porém, a situação em postos de saúde e nos centros de testagem da Capital comprova: filas quilométricas, falta de distanciamento entre as pessoas – ou seja, aglomeração –, espera de quase 5 horas e muitos resultados positivos para o vírus.

Para O Estado Online, a representante comercial Eudir Ferreira disse que foi até o Centro de Testagem COVID-19 no Centro de Campo Grande após pessoas que teve contato positivarem para o vírus. Entretanto, ao chegar por lá, desistiu da ideia. “O ambiente é lotado. Muito cheio mesmo. E justo hoje (7), bem no dia que eu fui, a senha estava pra lá do número 700. Sem condições”, reclama.

No dia de ontem (6), dos 592 testes realizados no local, 200 deles foram positivos. O valor, de 33,78% dos casos terem o vírus da COVID ativo, é assustador: a cada 10 pessoas, três estão infectadas.

Eudir, que possui familiares próximos ao posto Tiradentes, também não conseguiu o atendimento que precisava no bairro. “Só temos duas horas para fazer os exames, das 8h às 10h. Mal chegar e já se acabam as senhas”, pontua. “Talvez a prefeitura realmente precise aumentar o horário de atendimento ou então o número de lugares gratuitos onde a população possa ir”, sugere Eudir.

Veja na reportagem de Itamar Buzzatta, para O Estado Online:

Importante ressaltar que nesta semana a Defesa Civil emitiu um alerta para o aumento de casos no Estado. Em menos de 24h, o número de casos de COVID-19 confirmados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) saltou de 248 (3 de janeiro) para 947 pessoas contaminadas (boletim desta sexta-feira, 7 de janeiro).

A SES informa que redobrará a vigilância contra o “flurona” em MS e que há testes disponíveis em estoque, por mais que a demanda seja grande.

Voltando ao alerta, a mensagem constata o aumento significativo de pessoas infectadas e pede à população que se previna por meio dos já conhecidos protocolos de biossegurança: uso de máscara, distanciamento social, mãos lavadas com frequência e que se evite ambientes fechados e/ou com aglomerações.

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