Ponto turístico ganha ‘cara’ nova com reforma dos decks

Nesta segunda-feira (28), o governo do Estado começa as obras que mudam o visual no lago principal do Parque das Nações Indígenas, um dos principais cartões postal de Campo Grande. O local conta com três decks, que serão completamente reformados, ganhando um novo material e um formato diferente do atual. Uma das mudanças está na estrutura de madeira que leva ao monumento “Cavaleiro Guaicuru”, que está localizado em forma de ilha no lago.

Segundo o presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, a previsão é que a obra dure 40 dias. Nesse período, será realizado a retirada do material existente hoje para a construção da nova estrutura, que, em conjunto, representa 160 metros quadrados de tablado. “Nada que está ali hoje vai ficar. Tudo que está na estrutura dos decks será trocado, os pilares e as placas de madeira serão substituídos, trocando o material de todos os três decks que existem no lago, sendo utilizado eucalipto tratado”, revela. Além de contribuir com a mudança no visual do Parque, aumentando a visibilidade, a obra levar segurança ao local. “A substituição vai ocorrer pois essas estruturas são muito utilizadas para fazer fotos. Nosso objetivo é proporcionar uma melhor experiência para quem visita o Parque e poder proporcionar um ambiente mais agradável e seguro para quem circula por lá”, aponta.

Uma das mudanças que a obra traz é que o acesso direto ao monumento “Cavaleiro Guaicuru” será retirado. Hoje, ainda é possível ter contato com a estrutura que simboliza índios guerreiros, mas esse contato facilita a ação de vândalos, portanto, para evitar estes casos, o novo projeto reformulou o trajeto e expandiu a passarela. “O acesso vai ser alterado, pois algumas pessoas têm depredado muito, então, vamos criar o trajeto e expandir a área de fotografia e contemplação, retirando o acesso direto da estrutura”, assegura Borges.

Obras no gabião

No início do mês, dia 10, o lago voltou a receber água depois de quatro meses seco. Hoje, o lago comporta 70% da sua capacidade total. Durante coletiva, o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, estipulou uma média de 60 dias para lançamento da licitação que contemplam as margens do lago. “Após o lançamento da licitação, nós vamos ver qual é o melhor momento para reiniciarmos a obra, mas durante esse período a população passa a utilizar normalmente a área do parque”, aponta.

Com urbanização, é necessário a criação de piscinões nos arredores do Parque

Durante a última visita técnica do secretário da Semagro, Verruck explicou a função do lago e a atual condição do mesmo. O lago principal do Parque das Nações Indígenas foi criado artificialmente, há 25 anos, para conter as constantes inundações que ocorriam na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Hoje, o lago ainda exerce essa função, mas por conta da expansão populacional de Campo Grande, a estrutura do lago foi sobrecarregada, passando a receber um fluxo de água maior do que o recomendado, provocando o assoreamento do mesmo. “Em função dos altos níveis de urbanização, são mais de 400 hectares urbanizados, o volume de água que vem para cá praticamente triplicou, então, era uma condição naquela época e hoje é outro, por isso que precisamos fazer essas obras de contenção dessas águas”, explica o titular da Semagro.

Para que as obras que foram realizadas no lago obtenham resultados duradouros, é necessário implantar uma série de obras em pontos específicos do município. “Ainda precisamos realizar obras na Rua do Poeta e na Avenida Mato Grosso, pois o lago do Parque não está preparado para toda essa urbanização, e para todo esse volume de água, que foi uma das causas do assoreamento”, aponta. A criação desses ‘piscinões’, como são chamados pontos que contem água da chuva, são necessários para se evitar a necessidade de realizar outra obra de desassoreamento, em pouco tempo.

(Texto: Amanda Amorim)

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